-O substituto do Vectra entrou no segmento arrasando. É o segundo sedã médio mais vendido do País, atrás do Toyota Corolla. Qualidades para justificar o sucesso ele tem. Nos pontos em que seu antecessor era eficiente, o novato se sobressai. Conjunto mecânico e dirigibilidade são seus pontos fortes. O câmbio poderia ser menos incômodo, mas se a ideia é acelerar, a caixa cumpre bem o seu papel, com trocas rápidas e sem limitar as respostas do ótimo motor.
O propulsor, apesar de não ter potência muito superior ao do Vectra, é bem mais silencioso e econômico que o ultrapassado 2.0 que equipava o sedã veterano. As vibrações que aquele motor transmitia à cabine não existem no novo Chevrolet. A direção rápida interage bem com o motorista e torna divertida a missão de conduzir o sedã em curvas. Ele é bem à mão
Os controles eletrônicos de estabilidade e tração, equipamentos de série, ajudam bastante. O resultado é um rodar bem mais emocionante que o oferecido pelo sem graça do Vectra. A versão LTZ sai de fábrica muito bem equipada, mas estranhamente seu ar-condicionado é analógico. O teto solar não está disponível nem como opcional.
O acabamento interno, por sua vez, é o pior desse trio. Há algumas rebarbas e os plásticos trazem qualidade inferior aos das cabines de Civic e Elantra. Quanto ao conforto, o espaço para pernas e ombros no banco de trás agradam.
CHEVROLET CRUZE
Positivo: Preço e dirigibilidade
Por R$ 79.900, é o mais em conta dos três. Sua direção é bem comunicativa e precisa e ajuda a tornar o sedã gostoso de guiar.
Negativo: Acabamento
Interior tem mais capricho que o do Vectra, mas traz algumas rebarbas.
Fonte: Agência Estado
Disputa
Os sedãs médios vendidos no Brasil estão ficando mais asiáticos. O Hyundai Elantra, que chegou em agosto, é sul-coreano. O Chevrolet Cruze, que veio em outubro, é feito aqui, mas foi criado na Coreia do Sul. E a nova geração do Civic produzido em Sumaré (SP), que acaba de chegar às lojas, tem origem japonesa.
O Civic, que já era bom, ganhou o que faltava, a começar pelo porta-malas maior. A tabela da configuração EXS não subiu. São R$ 85.900 com a pintura metálica incluída. Ele é o mais equilibrado e gostoso de guiar.Além da “alma” sul-coreana, Cruze e Elantra têm preços, espaço e desempenho parecidos.O nacional sai por R$ 79.900, mas chega a R$ 80.890 com pintura metálica, que o rival traz de série. O Hyundai de topo tem tabela de R$ 81.660. Com o teto solar, que o Chevrolet não oferece, o preço sobe para R$ 84.900. Todos têm motores 1.8 16V. O do Elantra, de 160 cv, é o único só a gasolina. Flexíveis, os de Cruze e Civic rendem 144 cv e 140 cv (com etanol), respectivamente.