Apesar do ceticismo generalizado, agravado pelo crescimento de apenas 1% no produto da indústria da habitação, o varejo da construção vai muito bem, segundo Cláudio Conz, presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco). “Começamos o ano otimistas e terminamos esperançosos”, diz diante da promessa de envio ao Congresso da segunda parte da MP do Bem, que inclui medidas de desoneração dos materiais.
“Isso, somado ao extraordinário orçamento da Caixa Econômica Federal (CEF) para habitação, poderá transformar 2006 num ótimo ano”, prevê. O crescimento das vendas nas 105 mil lojas reunidas pela Anamaco será de 3% este ano, como ocorre normalmente. “Quando tudo vai mal, crescemos 3%, graças às pequenas construções e reformas”, explica.
A expectativa inicial, quando a indústria esperava crescimento de 4,6%, era de 6% de aumento nas vendas. Mesmo assim, a 25ª Sondagem Nacional da Indústria da Construção (Sindicato da Construção Civil/GVconsult), mostra que os ânimos dos empresários ainda são melhores do que no final de 2004. Numa escala de 0 a 100, a pontuação média atribuída a essa perspectiva ficou em 46. Uma cautela justificável para o presidente do Sinduscon-SP, João Claudio Robusti. “Para 2006, se o PIB ficar em 3,3%, vamos crescer 5,1%”, diz. A sondagem foi feita em novembro e ouviu 260 empresários do setor (íntegra: www.sindusconsp.com.br)
Tintas
O fraco crescimento da construção teve reflexos também no setor de tintas e vernizes, que registrou crescimento de 3% em 2005 conforme projeções do Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado de São Paulo (Sitivcesp). O faturamento do mercado total de tintas cresceu 16%, de US$ 1,75 bilhão para US$ 2,03 bilhões este ano. Embora positivos, os números estão abaixo do esperado.
O setor teve seu melhor desempenho este ano no mercado externo, que deve atingir, até o terceiro trimestre do ano, mais de US$ 100 milhões, 10,5% acima do registrado em 2004. O faturamento projetado é de US$ 103,076 milhões contra US$ 93,291 milhões do ano passado.
O pior desempenho da construção ficou para a indústria de materiais, que registrou queda no Índice de Vendas apurado pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) acumulado de janeiro a novembro. O faturamento do período.
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