-Andrea Vaz – Delicadeza e sensibilidade. Essas características que dariam às mulheres o título de frágil servem, na verdade, para conferir a elas qualidades de uma empreendedora de sucesso. Já faz algum tempo que as mulheres vêm lutando para conquistar seu espaço no mercado de trabalho e agora todo o esforço, aos poucos, vem sendo reconhecido.
Um pesquisa realizada pelo Sebrae, aponta que as mulheres já representam 49,3% dos empreendedores brasileiros, 41% da força de trabalho e ocupam 24% dos cargos de liderança. Apesar dos números positivos, elas ainda precisam vencer grandes desafios para se consolidarem profissionalmente.
A questão salarial ainda é pertinente. As mulheres recebem cerca de 22% a menos que os homens, mesmo chegando a cargos de liderança mais cedo que os homens. O desafio de conciliar carreira com a família também é determinante para a carreira feminina.
Mas todo o esforço da mulher para se firmar no mercado está sendo reconhecida. A farmacêutica de Itapetininga Ana Luísa Cardoso Secco foi uma das 19 finalistas do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios em 2011. “Apesar de eu não ter ganhado, foi uma grande conquista”, afirma.
Ana Luísa conta que desde que se formou em Farmácia tinha o sonho de ter sua farmácia de manipulação. Como ela não sabia muito bem por onde começar, especializou-se em Administração e pediu ajuda de um profissional da área para não fazer nada errado.
“Comecei com um negócio bem pequeno e agora, catorze anos depois, está crescendo. O desafio é conciliar duas ocupações no trabalho. A de farmacêutica e de administradora”, destaca.
A empreendedora lembra que abrir o próprio negócio não é tão simples. “É um processo complicado e burocrático. Só cheguei até o fim porque acredito que o começo é difícil em qualquer área. É preciso acreditar e lutar, mesmo em meio às dificuldades”.
Como muitas mulheres que tomam conta de seu próprio negócio, o serviço de Ana Luísa não termina com o final do expediente. Depois de lidar com as fórmulas dos medicamentos e de administrar a empresa, ainda é preciso tomar conta da casa, do marido, dos filhos.
“Eu me lembro de que no evento do Sebrae disseram que as mulheres tem que ser profissionais, esposas, donas de casa, mães, andar de salto alto e ainda estar bonita. É a pura verdade”, brinca a farmacêutica, que afirma que só consegue dar conta das tarefas porque faz tudo com muito amor.
Para se manter com sucesso no mercado, Ana Luísa diz que é necessário estar atento a todas as mudanças. “Tudo muda muito rápido. Se a gente não estiver ligado no que acontece, acabamos ficando para trás, mesmo com o negócio já consolidado”.
Ela acredita que as particularidades femininas ajudam no sucesso do empreendimento. “Acredito que o fato da mulher conseguir fazer várias coisas ao mesmo tempo ajuda muito. É algo divino. Além disso, somos mais preocupadas e sensíveis. Acho que trazemos nosso instinto maternal no cuidado com os companheiros de trabalho e isso faz diferença frente aos homens”, finaliza.
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