-Orestes Carossi Filho – As recentes quedas de edifícios no Rio de Janeiro e o desabamento em São Paulo evidenciaram o risco de reformas, sem o prévio estudo da estrutura. Para o arquiteto Evandro Alciati, as tragédias reproduzidas nas duas capitais reforçam a prudência que deve acompanhar a abertura de vãos como janela, portas e remoção de paredes.
Ele explica que, antigamente, as paredes não contavam com vigas e colunas. “A própria parede era a estrutura”. Com a modernização no setor, os alicerces, vigas e colunas ganharam o espaço na construção civil. As paredes servem apenas para vedar o vão entre duas colunas. Evandro aponta que isso é mais legível na construção de prédios em que são feitas as estruturas e, depois as paredes são erguidas para fechar a caixa.
O fato é que as tragédias devem abrir os olhos de proprietários, construtores e pedreiros. A principal questão é saber se uma pequena reforma é capaz de afetar a estrutura do prédio. Segundo o arquiteto, a abertura de uma janela pode causar danos à estrutura. Quebrar uma parede para a simples instalação de uma nova porta também pode trazer transtornos.
Segundo o arquiteto, janelas e portas necesstam de cuidado. Para a janela, são sustentações que são colocadas no alto e embaixo. “Tem que ter reforço. Mas depende de cada caso e de um estudo”, avalia. O correto que a reforma ou a construção nova tenha a visita periódica do arquiteto ou engenheiro uma vez por semana.
Uma parede nova em uma laje altera a estrutura, explica a arquiteta Adriana Ayres. Outro problema é que muitos proprietários começam uma pequena reforma, mas o entusiasmo faz que no decorrer da obra ampliem a área construída. Outro item, se a reforma pretende alterar a estrutura original do imóvel, independente do grau de mudanças, é obrigatório dar entrada de aprovação de projeto na prefeitura para a realização da reforma.
Importante avaliar a idade da construção, a presença de rachaduras e identificar as colunas e vigas, antes de iniciar a reforma, diz Adriana. No caso de laje, a capacidade de absorver novas cargas. Além da contratação de um engenheiro ou arquiteto, Adriana lembra da necessidade de comprar materiais de qualidade e de uma equipe que irá executar o serviço também com referência. “É melhor gastar um pouco mais e ter um trabalho de qualidade”, conclui Adriana.
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