-Andrea Vaz – O Ministério da Educação fixou o valor do novo piso nacional dos professores para 2012. A partir de agora, nenhum professor do país poderá ganhar menos que R$ 1.451 para uma jornada de 40 horas semanais. O valor representa um reajuste de 22% em relação ao piso de 2011. O cálculo foi feito com base no crescimento do valor mínimo por aluno do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
Apesar da aprovação do novo piso, Mercadante reconhece que, para muitos municípios, esse valor é inviável. Por isso,ele pediu para que professores e gestores da educação busquem negociações e evitem a greve. Alguns Estados e municípios alegam que não têm condições para pagar o piso e sugeriram que o valor fosse determinado de acordo com os índices da inflação.
A reportagem do Correio procurou a prefeitura municipal para saber se a cidade terá condições de pagar o piso ao magistério. Segundo a secretária municipal de Educação, Suzana Alves, os professores da rede municipal recebem o salário é proporcional às horas estabelecidas pelo piso. Ela acrescenta que a prefeitura supera o valor nacional. “Pagamos 46% a mais, eles recebem R$ 1593,75”, garante.
Já nas escolas públicas estaduais, o governo de São Paulo informou à reportagem que o salário base do Professor de Educação Básica II para uma jornada de 40 horas semanais é de R$ 1.894,12, portanto, 30,5% maior que o valor estabelecido pela Lei do Piso. A Secretaria Estadual de Educação sustenta os valores conforme consta a Lei Complementar 1.143, de 2011.
Apeosp
Mesmo com a confirmação de que o piso é pago tanto aos professores da rede estadual como aos da municipal, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo em Itapetininga, (Apeosp) ainda está em busca de melhores condições de trabalho.
A coordenadora da Apeosp, Vilma Nogueira, coloca em dúvida se o piso seguido pela prefeitura de Itapetininga e pelo governo do Estado de São Paulo. “Os professores da rede estadual lutam para receberem o piso. Já tentamos negociações, mas nossa única alternativa será a greve, que iniciaremos dia 14 de março”, declara Vilma.
Ainda segundo ela, a prefeitura de Itapetininga não paga o piso na rede municipal. “Itapetininga é uma das cidades da região que menos paga aos professores. O piso só é pago aos professores eventuais, pois eles não recebem bonificações”.