Alberto Isaac – Foram milhares os que contribuíram para a formação de Itapetininga, quase bicente-nária e meia neste início de século. Todos, do mais humildes ao mais graduado de todas as categorias sociais, de todos os credos religiosos e políticos, deram sua cota de colaboração para nossa cidade cognominada de “Terra das escolas” ou “Cidade Feliz”, e que teve até a década de 30 seu auge, tanto político quanto econômico.
Dentre esses, cujos nomes – muitos deles – encontram-se perpetuados em denominações de ruas, praças e avenidas, destacaram-se aqueles que, pela posição ou cargo que desempenharam, ou então, pelas realizações, encontram-se vivos na memória do povo itapetiningano.
Pesquisas com populares apontam os homens do século vinte que mais de destacaram em Itapetininga, nos vários setores de atividades. “Isto sem menosprezar os demais concidadões que também honraram a cidade”, segundo o radialista Carlos José de Oliveira.
Líder estudantil, professor, advogado, ex-prefeito e pioneiro na educação superior, pois foi o fundador da Associação de Ensino que engloba as faculdades de Filosofia, Ciências e Letras e Administração de empresas, José Ozi, ex-deputado estadual, é um dos bastante considerados. O político Antônio Vieira Sobrinho, mais conhecido como Coronel Toniquinho, ex-deputado federal e estadual, graças ao benefício que trouxe à Região, destaca-se nesta área, enquanto o professor emérito Fabiano Alves é apontado como um dos melhores oradores da cidade. Juvenal Paixa Pereira, Elisiário Martins de Mello, Graco da Silveira Santos, Antonio Antunes Alves, Péricles Galvão, foram votados como os melhores professores, salientando-se também nesta área, Eduardo Soares, Chiquinha Cavalheiro e Hilda Weiss.
No setor industrial, ressaltou-se o nome do carioca Oswaldo Viana, que na década de 50 aportou em Itapetininga e fundou a fiação Dona Rosa, época em que a cidade lutava com a falta de energia elétrica. Empresário, empreendedor, empregava mais de 600 operários, implantando gerador próprio e assegurando todos os direitos trabalhistas aos funcionários e operários. Sua fábrica, posteriormente, foi desativada e ele transferiu-se para Jundiaí. Assim com Oswaldo Viana, antes destacou-se a Cia Soares Hungria, exportadora de algodão e óleo, uma das mais sólidas do quadrante sul paulista.
Na administração local, além de José Ozi, que iniciou o processo de melhoria de energia elétrica, ressalta-se a figura do ex-prefeito Valter Curi, solucionando o problema da água, engenheiro que dinamizou a Regional do Departamento de Estradas e Rodagem e presidente da extinta agremiação futebolística Derac, numa ocasião em que a equipe por mais de 10 anos esteve no noticiário esportivo do Estado. Pim Ravacci, Darci Coelho, José Santana, Joaquim Ribeiro foram “heróis”, mantendo os clubes Associação Atlética e Clube Atlético Sorocabano, no topo do cenário futebolístico paulista por dezenas de anos, honrando o nome da cidade.
Galvão Júnior, como seu pai, Antônio Galvão, foram os que despontaram no jornalismo, fundadores do primeiro jornal, “O Município”, e posteriormente o “Tribuna Popular” – ainda circulando -, Galvão Júnior, constituiu-se no jornalismo sem medo, defendendo as causas nobres do “torrão natal”. Na literatura e artes, os nomes de Carlos Ayres, Antônio Gomide, Maria Prestes, Antônio Arthur de Castro Rodrigues, Antônio Galvão e Hehil Abuazar. Maria de Souza, Celso Araújo e João Simões, como artistas de teatro.Almir Ribeiro e Pedrinho Santos, ambos falecidos tragicamente em Punta Del Leste e na cidade praiana de Santos, respectivamente, foram destaques como cantores, sendo José Benedito Pompeu e Edil Lisboa, maestros que se destacaram, assim como Edmundo Caciacarro, regente da antiga Banda Municipal , composta de músicos de renome nacional. Murilo Antunes Alves, ainda atuando na TV Record, na Capital, foi o itapetiningano que há mais tempo permanece no rádio brasileiro e ao lado dele, brilharam Hélio de Araújo, Rui de Moura, Ibrahim José, Arruda Neto, Ademar Santana, o saudoso Fernando Leonel e Luiz Carlos de Araújo, atualmente na Rádio Universitária.
João Batista de Macedo Mendes, o Jango Mendes, o maior advogado surgido na Região até então, não suplantado por quem quer que seja no setor. De vasta cultura foi exemplo de cidadão e profissional competente e honrado, uma glória de Itapetininga e que teve como colega o advogado Rodolfo Miranda Leonel.
Eminentes políticos locais dignificaram os cargos que ocuparam tanto no Executivo quanto no Legislativo ou na Assembléia Legislativa, honrando os seus mandatos. Enquanto que na administração do Prefeito Ricardo Bárbara a maior conquista foi a implantação de uma das unidades do Cat Sesi, na de José Carlos Tardelli aponta-se o início da modernização da cidade com o início da construção das avenidas marginais.
Na área de educação o genro do saudoso Karnig Bazarian, Avedis Karabachian, fundou a hoje conceituada “Fundação Karnig Bazarian”, que mantém diversos cursos superiores, enquanto Isaltino Válio teve a responsabilidade de fundar a Escola de Comércio, atualmente atingindo oitenta anos de funcionamento. Entre os muitos outros lembrados foi lembrado o padre Brunetti, o pároco que construiu a atual Catedral de Nossa Senhora dos Prazeres.
Homens e mulheres, que com suas mãos e suor construíram os prédios, as ruas, criaram e colheram os frutos da terra, viram crescer suas famílias e fizeram desta terra um lugar um pouco melhor
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Nesta segunda-feira, dia 15, as crianças das escolas municipais de Itapetininga têm acesso gratuito em todos os brinquedos do Parque de Diversões da ExpoAgro. Aproximadamente 15 mil estudantes do ensino...