–
A divisão dos serviços médicos em sete empresas com o mesmo endereço, pagas no ano de 2009, segundo Daniel Suzuki, foi uma tática para fazer a redução de custos, já que a folha de pagamento dos médicos tem um valor muito alto e muitos médicos contratados não possuem empresas abertas. “Então você contrata uma empresa e faz o pagamento da folha de pagamento médico através dessa empresa que é uma prestadora de serviços médicos. E quando você faz isso através de uma única empresa você entra na trimestralidade, que é o imposto retido sobre os trimestres pagos e ele varia de acordo com o faturamento da empresa. Então, se a empresa tem faturamento linear até tal valor, você tem uma redução da carga tributária. Á partir do momento que você ultrapassa isso, aquilo que você paga de imposto, consequentemente, o hospital acaba arcando por uma conta bem maior. À principio, essa foi uma tática para fazer a redução de custeio do hospital.”
Ele disse que questionou ao prestador de serviço se haveria condição de quebrar o faturamento para diminuir essa carga tributária e ele falou que era possível. “Eram empresas já constituídas anteriormente e não criadas para atender o SAS e que continuam funcionando”. Segundo ele, agora em novo endereço, em São Bernardo do Campo, mas que tais empresas já não prestam mais serviços para o SAS desde dezembro de 2009.
Os nomes das empresas, a maioria de cidades da baixada santista, receberam esse nome, segundo Suzuki, porque o dono das empresas – o qual ele citou o nome apenas como Mauro – é de Santos, e faz muitos serviços naquela região. “Então ele montou empresas específicas para atendimento nessas regiões e usou a estrutura para poder fazer o serviço de Itapetininga, o que não é proibido, não é ilegal, nada disso”. Ele diz que essa foi a justificativa enviada ao Tribunal de Contas e fala que a Oscip aguarda uma definição da Justiça.