Carla Monteiro
Começou na última quinta-feira, 19, a greve dos bancários em Itapetininga. O movimento que acontece em todo o país ainda não atingiu todas as 14 agências bancárias da cidade. Até o momento apenas a Caixa Econômica Federal teve o funcionamento parcialmente afetado. “Os operadores de caixa aderiram à greve, mas os gerentes trabalham para orientar a população”, esclarece o gerente geral da unidade Wilson Sanches.
As pessoas que vão até a agência são atendidas na entrada da unida, segundo o gerente de atendimento Azor Pegorer serviços que não precisam do trabalho do operador de caixa são realizados. “Alguns problemas nós tentamos resolver pelo computador, a entrada de clientes na agência não está liberada”.
Roseli Ramos veio de Angatuba para agendar uma data para o saque do fundo de garantia. “Eu não sabia que o banco ia parar, preciso agendar o resgate do meu FGTS. Porém, o gerente me atendeu e disse que ia tentar resolver o meu assunto. Como não preciso dos caixas acho que vai dar certo”, contou.
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Sorocaba e Região, Julio Cesar Machado, a greve não tem data para terminar. A categoria reivindica reajuste salarial de 11,93% e melhorias em alguns benefícios como ticket e auxílio babá. Até o momento, os banqueiros ofereceram um reajuste de 6,1%.
Os bancários pedem ainda melhorias em pontos como a saúde do trabalhador com o fim das metas abusivas e melhorias nas condições de trabalho. “Funcionários jovens de 22, 24 anos apresentam problemas como LER, Dort e síndrome do pânico devido as cobranças presentes no dia a dia no banco.”
Segurança do trabalhador, participação nos lucros e resultados, igualdade de oportunidade e um aumento no número de funcionários nas agências bancárias também são reivindicados. O presidente do sindicato também falou sobre as manifestações contra o projeto de n°4.330 que prevê a terceirização de alguns serviços no país. “Se o projeto for aprovado, nossa categoria não irá existir, porque todos os funcionários dos bancos serão trabalhadores terceirizados”, encerra.