-Orestes Carossi Filho – O preço da arroba do boi gordo alcançou R$ 100. É um dos melhores preços alcançados pelo setor, aponta o médico-veterinário Sérgio Reigota, da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati). O rebanho bovino alcança 350 mil cabeças na região. Ele aponta que o setor deve ficar estável, apesar dos preços elevados no setor.
Segundo ainda Reigota, caso houvesse um frigorífico de abate de bovinos, o rebanho poderia se expandir. Em anos anteriores, parcela de pecuaristas destinava parte de suas terras para o cultivo de eucalipto, cana-de-açúcar e até soja. No entanto, isso vem se reduzindo a cada ano. São necessários mais de dois anos para ter um boi gordo pronto para abate. É um setor que necessita de planejamento, reclamam técnicos da área.
Segundo especialistas, a pressão nos preços da arroba de boi deverá permanecer. A oferta de boi gordo está escassa. A oferta de animais de confinamento já diminuiu e ainda é cedo para a oferta de gado de pasto. Se de um lado há queda na oferta, o consumo se mantém forte em escala nacional. Além disso, a demanda evoluiu bem mais do que o esperado e a oferta de gado para abate não foi suficiente para atender às necessidades internas e externas.
O setor de pecuária possui, cada vez mais informações, e está sintonizado com o mercado. Segundo especialistas do setor, cerca de 60% das negociações de boi gordo são realizadas no mercado futuro já são feitas por pessoas físicas. Segundo ainda especialistas, as ferramentas do mercado são excelente forma para reduzir os riscos na produção, além de vender o boi gordo, o produtor pode usar o próprio mercado futuro para comprar o boi magro.
Suínos
Um setor que deve crescer é a suinocultura, explica Reigota. Os Estados Unidos liberaram a importação da carne brasileiro. Como há criadores com qualidade na região, a decisão americana deve favorecer a economia do sudoeste paulista. “Os pecuaristas tendem a desovar a produção.”
A Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne Suína (Abipecs) comemorou a aprovação do serviço sanitário dos EUA. “Isso finaliza um longo processo de habilitação das exportações brasileiras. “Cabe agora ao Ministério da Agricultura informar quais estabelecimentos frigoríficos se enquadram nas normas equivalentes”, diz Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs. “O ano de 2012 começa com boas notícias para o setor”, destaca Camargo Neto.
Aves
A produção de aves também deve manter em alta produção. Com as granjas Céu Azul e Alvorada, o setor é o primeiro no ranking em exportação. Caso se confirme os novos investimentos na Céu Azul, o setor deve melhorar o desempenho econômico.
A União Brasileira de Avicultura (Ubabef) informou que o preço médio das vendas brasileiras foi de US$ 2.093 a tonelada, aumento de 17,4% em 2001. Segundo o presidente executivo da entidade, Francisco Turra, os resultados ficaram dentro do previsto pela entidade para o período, que era de um crescimento de 3% a 5% em volume, e receita por volta de US$ 8,2 bilhões. Ambos os valores foram recordes para a indústria.