Popularmente há um conceito quase generalizado, segundo o qual os políticos são necessariamente desonestos, com rarís-simas exceções, sobretudo no momento atual.
Digo isto porque, quando levamos em consideração a transformação do poder legislativo em verdadeira delegacia de policia por causa das CPIs, a recente prisão de um político famoso e a renúncia de parlamentares acusados para evitar a perda de mandato de forma constrangedora e conseqüentemente inelegibili-dade, afigura-se, entretanto, plausível tal reputação, infelizmente.
Na última eleição, os amantes da ética e da moral, ávidos pela mudança de comportamento dos políticos, elegeram como supremo magistrado da nação um cidadão oriundo da classe trabalhadora. Prometia constantemente erradicar a corrupção, dar oportunidade de emprego para todos, enfatizando sua atuação nas áreas da saúde e da educação, bem como o combate à fome.
Se nada disso ocorrer de forma substancial, resta-nos infundir no nosso meio político um tom moral, afastando homens desse gênero para longe dele.
Antônio Avelino, Jd. Itália
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