-Pedro Novaes – Tramita no legislativo federal, desde 2.009, projeto de lei que proíbe a transmissão de lutas não olímpicas, pelas emissoras de TV.
A proposta vem causando grande polêmica, em virtude da crescente popularização e significado econômico do MMA, pomposo nome do antigo “vale-tudo”, luta que envolve diversas artes marciais. A própria TV Globo já iniciou as transmissões dos eventos, onde brasileiros figuram com destaque.
Na verdade, o tal “vale-tudo” é uma rinha humana, cuja violência pode resultar em ferimentos, mutilações e até mortes. O objetivo é subjugar o adversário, por desistência ou, no mínimo, prostração.
Chutes, socos, torções, quedas e sufocamento fazem parte do rol de expedientes à disposição dos lutadores. Só não vale xingar ou portar qualquer objeto.
As lutas sempre atraíram e ainda atraem multidões, desde a mais remota antiguidade. A humanidade, apesar de todo o progresso que experimentamos, ainda é sequiosa por cenas de violência.
Ao contrário dos selvagens e covardes espetáculos dos rodeios, as lutas humanas envolvem contendores que ali comparecem voluntariamente, conhecendo os riscos e dissabores das contendas. Um aspecto é a realização de lutas voluntárias, e outro, complexo, a sua transmissão ao organismo social.
A transmissão de lutas violentas deseduca, incentiva a brutalidade e faz viscejar os mais remotos instintos humanos. Sob tal aspecto, a proibição pretendida pelo projeto de lei é benéfica.
As próprias lutas de boxe, sem equipamentos de proteção, figuram bárbaras, pois o cérebro humano não foi idealizado para receber pancadas e solavancos.
Proliferam, país afora, academias de artes marciais, e cumpre distinguir as que ensinam a violência dos ataques daquelas que educam para a defesa, amadurecendo e tornando mais confiante e sociável o praticante.
Em todas as modalidades, há correntes treinadas para ferir, e correntes treinadas para evitar a injustiça dos ferimentos. Tudo depende do perfil do instrutor e ambiente da academia.
Nas rinhas humanas, a terem proibidas as transmissões, o objetivo é contundir com violência o adversário, ainda que o mutile ou mate. Em pleno século 21, tal prática é pura e lamentável selvageria.
As artes marciais são ótimas e educativas, desde que praticadas com civilidade e educação. Já os espetáculos de “vale-tudo” são como shows de streap-tease: podem até ser permitidos, mas não devem ser transmitidos.
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