-Orestes Carossi Filho – A rede pública de saúde de Itapetininga possui nota 5,65, conforme o Índice de Desempenho do SUS (Idsus -2012) realizado pelo Ministério da Saúde. O estudo inédito divulgado na semana passada apurou qualidade dos serviços de saúde pública oferecidos à população. A nota está abaixo das cidades vizinhas, como Itapeva (6,41) e Angatuba (6,01), mas acima de Tatuí (5,62). De 0 a 10, índice do governo dá nota 5,4 à saúde pública no Brasil. O Estado de São Paulo recebeu 5,77.
Segundo o governo federal, o índice de acesso ao SUS dos serviços oferecidos em Itapetininga alcançou nota 5,33. Entre os pacientes atendidos e efetivamente tratados, a nota da cidade sobe e alcança 6,67. O índice é uma combinação de resultados que levam em conta os serviços na rede básica (postos de saúde), ambulatorial, hospitalar e de urgência e emergência.
Os 5,5 mil municípios do país foram divididos em seis grupos, conforme o padrão sócio-econômico e a infraestrutura oferecida aos pacientes. Itapetininga ficou no grupo 3, junto com 562 cidades consideradas homogêneas e com perfil semelhante. Sorocaba, que figurou no grupo 1, de melhor infraestrutura, obteve nota 5,86. O Idsus levou em conta dados apurados de 2008 a 2010. Ao gerar a nota, o ministério leva em conta o acesso aos serviços do SUS e se esses serviços são prestados em sua totalidade. Esses critérios, ponderados, resultam na nota final.
Itapetininga recebeu nota 10 em seis áreas, em 25 parâmetros da pesquisa. O índice máximo foi aplicado na cobertura populacional estimada pelas equipes básicas de saúde, cobertura de vacina até 1 ano de idade e duas notas 10 em saúde bucal. O Ministério da Saúde também atribuiu nota 10 para cura dos casos novos de hanseníase e proporção de internações sensíveis à atenção básica.
A meta do Ministério da Saúde é que os serviços oferecidos alcancem média 7. Somente 1,9% da população brasileira vive nos 347 municípios cujos serviços públicos de saúde têm notas acima de 7,0, segundo o Índice de Desempenho do SUS (IDSUS). Cerca de 5,7 milhões pessoas que vivem em 132 cidades com os piores serviços do SUS, que possuem nota inferior a 3,9. O Brasil obteve nota 5,4. “O país passou raspando, na nossa avaliação”, disse Paulo de Tarso Ribeiro de Oliveira, diretor do Departamento de Monitoramento e Avaliação do SUS.
Com o estudo, o Ministério da Saúde pretende que seja a base para que os governos federal, estadual e municipal tomem decisões para melhorar saúde pública no país.
Nota cai em rede hospitalar
No entanto, a nota de Itapetininga despenca quando é avaliado o acesso e a efetividade dos serviços hospitalares de média e alta complexidade. Como a cidade não possui atendimento de alta complexidade a nota foi zero. A proporção de internações de média complexidade realizadas para pacientes não residentes recebeu nota 0,72, para a população residente 4,94, de uma escala de zero a 10. O item que avalia os procedimentos de pessoas não residentes também foi reprovado: 1,33, já para os residentes a nota sobe para 3,99. As internações para cirurgias para a população residente receberam nota 4,11.