Giovani Hamada – Atualmente um dos maiores transtornos que o motorista enfrenta no seu deslocamento pelo Brasil afora é a condição das ruas e estradas. Agora, imagine o desconforto e o perigo que seria se aventurar com um carro sem suspensão. A menor ondulação que fosse iria causar um solavanco desconfortável e bem perigoso. Saiba que de nada adianta ter um veículo veloz e potente se não tiver uma suspensão eficaz.
A função da suspensão no carro é dar estabilidade, dirigibilidade e de proporcionar conforto aos passageiros. Assim, a suspensão é responsável por absorver as irregularidades no solo. Uma ondulação, por exemplo, faz com que a roda se mova para cima e para baixo sem alterar drasticamente a movimentação da carroceria.
Uma boa suspensão tem de ter a capacidade de manter o contato dos pneus com solo e assegurar a boa dirigibilidade. Se você estivesse a bordo de um carro com uma suspensão em péssimas condições, a aderência do veículo ao chão seria limitada e, conseqüentemente, o automóvel estaria sujeito a derrapar em qualquer curva.
São três tipos de suspensão: independente, em que cada roda recebe as irregularidades do piso sem transferir à outra do mesmo eixo; o semi-independente, no qual parte dos movimentos é repassada; e o totalmente dependente, em que os movimentos de uma roda são percebidos na outra. Esse último é conhecido por eixo rígido.
Componentes
Os componentes de uma suspensão são as molas, que recebem o impacto das irregularidades do solo; o amortecedor, que funciona por meio de um sistema hidráulico com o objetivo de eliminar as vibrações da mola; a barra estabilizadora, que interliga as torres de suspensão; e os braços de apoio ou bandejas, que servem como suporte das molas e amortecedores, sendo responsável pela fixação do conjunto de cada roda.
Carros rebaixados
O projeto de um automóvel assegura todas as possibilidades de uso, portanto se você quiser alterar algum componente é preciso muita cautela para não comprometer a carroceria e principalmente a dirigibilidade.
Nos carros rebaixados, por exemplo, o método mais utilizado é o corte das molas. Outra opção seria a compressão ou o destemperamento das molas. Em qualquer dos casos, essa prática diminui o curso dos amortecedores e, conseqüentemente, a vida útil de todos os componentes da suspensão. Já existem amortecedores e molas especiais para essa finalidade, mas o custo é elevado e o tempo de instalação é demorado.
A tendência é que um carro rebaixado tenha mais estabilidade, já que o centro de gravidade também fica mais baixo, porém o automóvel perde muito em conforto.
Outro ponto a ser destacado em carros rebaixados é a integridade da carroceria. De acordo com a Dana, fabricante de sistemas automotivos, o risco mais sério é a possibilidade de trincas e rachaduras no monobloco, principalmente nas áreas próximas às torres dos amortecedores.
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