Uma iniciativa de agricultura familiar e sustentável vem ganhando espaço em Itapetininga. Administrados por três irmãos, os cogumelos do tipo shimeji começaram a ser cultivados no final de 2023, sendo, desde então, um dos únicos empreendedores do produto no município.
Os irmãos Alysson, Gustavo, Guilherme Almeida Cunha deixaram a cidade para morar na propriedade de 30 hectares, próximo à cidade, na Rodovia que liga Itapetininga a Guareí, quando assumiram os negócios da família em 2016, ano em que o pai do trio veio a falecer. “Nós três trabalhávamos em empresas na cidade. Em 2016, quando nosso pai faleceu, viemos morar no sítio. Cursamos agronegócio na Fatec e hoje somos produtores rurais. Produzimos tomate, pimentão e shimeji”.
O tomate e o pimentão já eram uma tradição na produção da família e a curiosidade pelo cogumelo veio através da internet. “Sempre tivemos curiosidade em relação ao mundo dos cogumelos, e através da internet e redes sociais fomos conhecendo vários produtores, que foram nos auxiliando. Em Itapetininga, não conheci nenhum produtor e com uma estrutura rústica iniciamos o cultivo de shimeji no final de 2023”, diz Gustavo.
Com a falta de empreendedores e produtores do fungo, os irmãos tiveram dificuldades iniciais pela falta de informação sobre o cultivo. “Os desafios são a escassez de informações sobre cultivo, pois a maioria dos produtores ainda são bem reservados. Tivemos pouca experiência, assim como qualquer início, e também o desconhecimento da população do produto”.
A produção requer uma série de cuidados e dura em torno de 60 dias. Apesar do trabalho no cultivo, a colheita é rápida, levando cerca de 15 minutos, de duas a três vezes ao dia.
Por ser uma cidade considerada de clima mediano, Itapetininga se tornou um ótimo local para o cultivo do fungo, mas o mercado ainda não absorve a produção como os produtores desejam, já Sorocaba tem um consumo maior. “Itapetininga é uma cidade de clima mediano, próxima de Sorocaba que tem um consumo maior. O cogumelo é um alimento saudável, nutritivo e simples no preparo, então acreditamos que ele tem grande potencial para ser mais consumido, pois ainda são desconhecidos”.
Mesmo a produção tendo menos de um ano, os agricultores já fazem planos futuros para a colheita. “Temos a intenção de aumentar a capacidade de produção de shimeji, através da construção de novas estufas, estudos, tecnologias disponíveis, e também inserir outras variedades de cogumelos, tanto culinário, como o shitake, quanto medicinal igual ao juba de leão.”, finalizam.
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