O mês de outubro, marcado pela campanha de conscientização sobre o câncer de mama, também chama a atenção para um aspecto que, segundo especialista, pode ser negligenciado: o impacto dos tratamentos oncológicos na pele das pacientes. Isso porque a quimioterapia e a radioterapia, tratamentos essenciais no combate ao câncer, podem trazer efeitos colaterais que afetam a pele, os cabelos e as unhas.
A dermatologista Dra. Katia Takahashi, especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e preceptora médica da PUC Sorocaba, explica as mudanças que podem ocorrer. “Os tratamentos oncológicos, como a quimioterapia e a radioterapia, podem modificar a pele, deixando-a mais escura, ressecada e com cicatrização mais lenta”.
Além dos efeitos sobre a pele, os cabelos e unhas também são impactados. “Os anexos da pele, como os cabelos, podem enfraquecer e cair, enquanto as unhas tendem a descolar e se tornarem mais frágeis”.
Diante desses efeitos colaterais, a médica reforça a importância de uma rotina adequada de cuidados com a pele para minimizar os desconfortos. Takahashi recomenda o uso diário de hidratantes potentes, tanto para o rosto quanto para o corpo, especialmente após o banho.
“Os cuidados diários devem incluir um bom hidratante e protetor solar com cor, que protege da luz visível e ajuda a uniformizar o tom da pele”, orienta. Segundo a dermatologista, o protetor solar é fundamental durante todo o tratamento, de preferência com uma fórmula que combine hidratação e antioxidantes.
Outro efeito bastante comum, segundo a médica, é o ressecamento da pele, muitas vezes acompanhado de coceira intensa. “O ressecamento e a coceira são efeitos colaterais frequentes nos tratamentos oncológicos. O uso diário de hidratantes potentes é essencial para aliviar esses sintomas”, ressalta.
Após a radioterapia, a pele tende a ficar ainda mais sensível, exigindo cuidados redobrados. “É importante manter a rotina de hidratação e observar qualquer alteração, como afinamento da pele ou surgimento de novos sinais, que deve ser acompanhado por um dermatologista”, recomenda.
A dermatologista ainda destaca também o papel do autocuidado e da autoestima no processo de recuperação das pacientes. “Cuidar de si mesma e resgatar a autoestima são passos importantes no caminho da cura. É essencial que as pacientes se sintam bem consigo mesmas durante esse momento delicado”. Ela sugere o uso de produtos de limpeza suaves e hidratantes multifuncionais, adequados às necessidades de uma pele sensível.
Por fim, a Takahashi enfatiza que o cuidado com a pele vai além da estética, impactando diretamente o bem-estar físico e emocional das pacientes. “Manter uma rotina de cuidados ajuda a melhorar o conforto e a qualidade de vida durante o tratamento”.
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