Paralisia, dores crônicas e dificuldades de fala, são apenas algumas das consequências graves da poliomielite. Apesar de ser uma doença evitável por meio da vacinação, a adesão à vacina está abaixo da média em Itapetininga. Isso porque, das 7.924 pessoas que compõem o público alvo, apenas 2.152 receberam o imunizante, o que resultou em uma cobertura vacinal de 27% do previsto. Os dados são do Ministério da Saúde.
A poliomielite, ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa causada pelo poliovírus, que pode afetar tanto crianças quanto adultos, explica a pediatra Andréa Gouveia. A transmissão ocorre por meio de secreções orais, alimentos contaminados e gotículas de saliva. “Os sintomas podem variar desde febre e mal-estar até paralisia muscular e, em casos graves, a morte”, explica.
A especialista também destaca que no Brasil, não há mais casos graves de poliomielite desde 1990 devido à vacinação. “No entanto, a redução das taxas de vacinação nos últimos anos, impulsionada por fake news e movimentos antivacinas, trouxe de volta doenças que antes estavam controladas no passado”, reforçou a médica.
O imunizante contra a poliomielite deve ser administrado aos 2, 4, 6 meses, 1 ano e 3 meses e 4 anos de idade. “A vacina é o único meio seguro de proteção e é oferecida tanto na rede pública quanto na rede privada. É fundamental manter o calendário vacinal em dia, não só para proteger a si mesmo, mas para garantir a saúde coletiva”, ressalta a médica.
Além da vacinação, Gouveia também reforça a importância do saneamento básico e dos hábitos de higiene para prevenir a disseminação do vírus. “Manter boas práticas de higiene, como lavar as mãos frequentemente e higienizar alimentos, é crucial para a prevenção”, acrescenta. “Quando a doença pode ser prevenida, não podemos deixar de fazer nossa parte. Vamos vacinar”, conclui a médica.