A fisioterapeuta de Itapetininga, Andreia Soares dos Anjos, explica que o organismo tem reações autônomas no ambiente em seu dia a dia. “O corpo possui um sistema de controle chamado sistema nervoso autônomo que funciona como se fosse uma caixinha dentro do nosso cérebro que, de forma independente (sem esforço consciente), controla a maioria das funções viscerais no nosso organismo”, ensina a especialista com pós-graduação em fisioterapia e medicina integrativa.
Por esse meio, ela explica que são controlados a pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura corporal, sistema imunológico, entre outras funções. “Por exemplo, se você entra no ar-condicionado e sente frio, essa caixinha é ativada para impedir a queda de temperatura corporal, isso vai acontecer independente da sua vontade”, contou a fisioterapeuta.
Além disso, Andreia relata que esta caixinha é dividida em duas áreas vitais. O sistema nervoso simpático e o sistema nervoso parassimpático. O primeiro é responsável por aumentar nossos estímulos corporais e o segundo por diminuir esses estímulos. “Enquanto um tenta aumentar a frequência cardíaca para termos capacidade de realizar uma determinada atividade, por exemplo, o outro tenta diminuir essa frequência cardíaca para que a mesma não se exceda causando algum dano ao nosso organismo”, afirmou.
Neste caso, a fisioterapeuta frisa que o sedentarismo assim como outros maus hábitos, desequilibram estes sistemas deixando as funções bagunçadas o que causam distúrbios de pressão arterial, de frequência cardíaca e respiratória. “Com o passar do tempo, isso vai sobrecarregar o funcionamento do cérebro e do coração podendo assim desenvolver diversas patologias, como AVC e outros distúrbios cardiovasculares.”
É justamente o exercício físico o responsável por manter esses dois sistemas em equilíbrio para evitar a sobrecargas cerebrais e cardíacas que causam várias patologias. “A prática regular de atividade física faz com que estes dois sistemas trabalhem juntos e em equilíbrio, oferecendo dessa maneira mais resistência ao sistema imunológico, cardíaco e respiratório, deixando o corpo mais resistente e mais saudável, prevenindo assim as disfunções na pressão arterial, no coração e no cérebro”, afirmou Andreia.
Reduz estresse
Para Vanessa Bianchi, preparadora física de exercícios para grupos especiais, a atividade física é capaz de diminuir a mortalidade por doenças crônicas como pressão alta e diabetes. “Além disso, reduz o estresse e sintomas de ansiedade, melhora a qualidade do sono, melhora a aprendizagem, reduz sintomas depressivos. Proporciona a socialização e a convivência”, enumerou Vanessa que ministra atividade física na Unimed Sul Paulista, para o projeto voltado para as pessoas com mais de 60 anos.
Conforme a especialista, a atividade física produz substâncias capazes de reduzir a pressão arterial por até 24h. “Diminuindo o risco de complicações e agravamento de doenças cardiovasculares, como AVC, infarto e doença arterial obstrutiva periférica”, conta. Para quem tem dificuldade de frequentar uma academia, ela lembra que as pessoas podem recorrer a dança, luta, natação. “Escolha aquilo que fica mais próximo de você e que te deixará feliz”, ponderou Vanessa.