Há meses o Jornal Correio acompanha a situação do transporte coletivo em Itapetininga, moradores de diversos bairros e distritos vêm reclamando dos problemas que a falta do transporte vem causando.
Não é um problema pontual, houve diminuição das linhas em praticamente todas as rotas. Horários reduzidos e em alguns bairros em determinados dias os ônibus nem circulando estão, um exemplo é o Rechã, quem depende do transporte público aos domingos precisa encontrar outra alternativa porque a empresa Nossa Senhora Aparecida não está rodando por lá nesses dias.
A moradora do Jardim Monte Santo, Marcia Ferreira, conversou com a reportagem do Correio enquanto esperava o ônibus no ponto do Mercado Municipal, ela ficou quase uma hora esperando o transporte que antes passava, segunda ela, de 40 e 40 minutos. “Tá difícil a situação”.
Ao ser questionada sobre com que frequência utiliza a circular, respondeu: “antes pegava todo dia, hoje só ando de táxi, mas não pego porque não tem, como eu vou pegar se não tem”.
Ainda segundo a moradora, aos finais de semana não tem transporte coletivo no bairro.
A aposentada, Maria Genoveva Moraes, 70 anos, também moradora do Jardim Monte Santo disse que pega circular para ir ao médico. No dia da entrevista, ela saiu do médico às 9h e estava a três horas esperando o ônibus. “está horrível”, lamentou.
Procurada, a Prefeitura de Itapetininga informou que tem notificado a empresa com relação à prestação do serviço e que a concessionária não protocolou qualquer novo pedido de rescisão contratual junto à Prefeitura.
A empresa Nossa Senhora não se posicionou até o fechamento desta edição.
Histórico
O transporte coletivo em Itapetininga vem sendo problema para as gestões desde 2017. O conflito entre a empresa Rosa Turismo, na época empresa que responsável pelo transporte na cidade, e a Prefeitura de Itapetininga se estendeu por um tempo na Justiça. A Viação Rosa tinha uma ação judicial contra a Prefeitura pedindo o cancelamento do contrato de concessão. Por outro lado, a Prefeitura de Itapetininga impetrou ações na Justiça contra a empresa por causa de descumprimento do contrato.
Naquele ano os usuários do transporte coletivo na cidade sofreram com frota velha rodando no município, problemas com horários e paralisações dos motoristas por falta de pagamento de salários.
Ainda em 2017, A Empresa Circular Nossa Senhora Aparecida assumiu oficialmente os serviços de transporte coletivo em Itapetininga no dia 1º de outubro, quando encerrou o período de transição com a Viação Rosa. Na época, a empresa itapetiningana anunciou que colocaria 28 ônibus nas ruas e também comunicou a volta dos micro-ônibus.
A empresa a Rosa procurou a Nossa Senhora Aparecida para sugerir a concessão do transporte coletivo e a prefeitura deu anuência para essa transferência na época.