Concórdia

Quando era menino, antes de entrar no Seminário, meu pai, que era muito culto, me presenteou com a obra “Nossa Pátria”, livro de história do escritor Rocha Pombo. Fiquei feliz da vida. Na capa havia um menino, segurando a Bandeira brasileira e a sua irmã contemplando a beleza do símbolo nacional com as mãos.

Li o livrinho, como denominara o seu autor, com muito prazer. Na apresentação, Rocha Pombo disse: “Escrevi este livrinho com todo o meu coração”. No final havia um quadro de Pedro Américo – Pax Concordia. Já, na conclusão, Rocha assim escreveu: “E assim, como a justiça é a nossa regra em relação aos outros povos, a concórdia e a fraternidade são os princípios que regem a nossa vida no trabalho”.

Perguntei para o meu pai o que era concórdia, porém não me lembro da resposta que ele me deu. Hoje, sei que concórdia é paz, é harmonia de vontades e de opiniões. Rocha, em outras palavras, quis dizer que os brasileiros lutam pela concórdia entre os homens. Disse, também, que “tivemos a fortuna de encontrar no Barão do Rio Branco a inteligência e a grande alma que falaram por nós perante o mundo, dizendo-lhe que o nosso espírito e o nosso coração é que nos vem abrindo estes largos caminhos que seguimos e por onde havemos de chegar aos nossos destinos”. Falava Rocha Pombo do espírito diplomático do Barão do Rio Branco que resolveu os nossos problemas de limites com outros países da América Latina.  Nome completo do Barão do Rio Branco era: José Maria da Silva Paranhos.

O meu colega, Elias Pereira Dantas, numa aula de Sociologia, afirmou que o meio não exerce influência sobre o ser humano. Defendia o seu pensamento, citando Rocha Pombo, nascido em Morretes, pequena cidade do Paraná, no ano de 1857. Dizia o meu colega que a cidade era menor do que Antonina e Paranaguá, todavia fora berço de José Francisco da Rocha Pombo. Foi Rocha Pombo jornalista, advogado, professor, historiador e político. Dantas, meu colega, que era paraibano, mas adotara Antonina como sua cidade mãe, falava com orgulho, demonstrando sabedoria e Inteligência. Afirmava, também, que o meio não influencia o ser humano, como afirmara Rousseau. O filósofo francês dizia que o homem é produto do meio.

Como é difícil manter a paz e a concórdia, uma vez que cada ser humano tem um modo de pensar. Paulo, o apóstolo, no sentido próprio da palavra, exortou: “Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens”. ( Rom. 12:18) Pedro, o apóstolo que cortou a orelha de Malco, depois de sua conversão, já na velhice, aconselhou: “Aparte-se do mal, pratique o que é bom, busque a paz e empenhe-se por alcançá-la”. (I Pedro: 3:11)

Diante de tudo isso e depois disso, embora vivamos num mundo violento, procuremos manter a harmonia de vontades e de opiniões, mantendo a paz, uma vez que somos, como cristãos, o sal da terra e a luz do mundo.

 

 

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