A Associação dos Apicultores de Itapetininga e Região Sul do Estado de São Paulo (Apis) inaugurou neste sábado, dia 20, a sua sede oficial no Distrito do Rechã. A construção se consolidou após a cessão de uso de um terreno da Prefeitura de Itapetininga e apoio de empresas privadas que são parceiras dos produtores. Atualmente, o mel do município é exportado para diversos países, como Estados Unidos, Alemanha e Argentina. A prefeita de Itapetininga elogiou o empenho dos integrantes da entidade.
Segundo o presidente da Apis, Gerson Santana, a sede possui 80m². Com o prédio, serão realizadas reuniões, eventos e cursos técnicos. Futuramente, será erguida uma unidade para processar o mel e envasar em saches, bisnagas e potes. “Atualmente, vendemos em granel de 290 kg. Com a industrialização, irá ganhar valor agregado e maior lucro. O produto chegará às prateleiras dos supermercados”, projeta.
Em médio prazo, a entidade estuda ampliar a colheita de mel, própolis, cera alveolada e produção de abelhas rainhas para melhoria genética. Uma equipe da associação também prevê cursos de meio ambiente com crianças e adolescentes. Para isso, serão criadas abelhas nativas sem ferrão. “Tecnicamente chama de meliponário. Na produção, pode contribuir para a preservação das espécies e gerar renda”, destacou Santana.
“Esperávamos por esta obra desde a fundação em 2008”, contou o presidente.
Para o presidente do Sindicato Rural, Amauri Xavier, a melhoria na estrutura da Apis é fundamental para o agronegócio de Itapetininga. “É muito importante para o Distrito do Rechã e para as empresas de reflorestamento e de cítrucos. É de conhecimento de todos que a presença da abelha melhora a produtividade, atua de forma econômica, reduz o uso de agrotóxico e é sustentavelmente ecológica”, enfatizou.
Conforme o associado, Márcio Otávio Orsi, a apicultura deixou de ser uma renda secundária para se transformar na principal fonte de sustentação. Ele conta que fechou as portas do comércio para se dedicar a produção de mel.