– Orestes Carossi Filho – A arrecadação da prefeitura alcançou no ano passado R$ 270.689.575,26. O valor, divulgado nesta semana no Semanário Oficial, confirma o apetite do cofre municipal. Com isso, deve ampliar a estimativa de receita do governo para 2012, ano eleitoral em que o prefeito Roberto Ramalho buscará eleger seu sucessor para o cargo de chefe de Executivo. Conforme fontes econômicas, o orçamento da prefeitura deve superar R$ 300 milhões.
Conforme economistas ouvidos pelo jornal, o aumento do salário mínimo em 14% e a expansão do crédito financeiro devem manter a economia brasileira aquecida em 2012. A previsão do governo federal é um crescimento de 4%. A gestão Ramalho, que conviveu com crescimento constante da economia nacional ao longo das duas gestões, a previsão de receita sempre evolui.
Foi assim durante a discussão do orçamento de 2011 em que a previsão da receita subiu de R$ 222 milhões para R$ 256 milhões. No entanto, a arrecadação, transferências e emendas garantiram que a administração terminasse o ano passado com 270.689.575,26 nos cofre públicos. Uma média de R$ 22,5 milhões mensais.
Na previsão de 2012, a previsão no início também foi superada. Em junho, na previsão inicial, a prefeitura estipulou uma receita bruta de R$ 268 milhões, em junho, e no final do ano subiu para R$ 290,8 milhões, incluindo os gastos com previdência e Câmara Municipal.
O setor mais beneficiado é a Saúde que passará a receber a maior cota de todo o orçamento. Na primeira versão feita em junho deste ano, a gestão Ramalho destinou R$ 73,5 milhões. Na redação final, a área da saúde terá R$ 82,8 milhões. São mais R$ 9 milhões para melhorar o atendimento aos pacientes. Conforme pesquisa do Infocorreio, a saúde é um dos setores em que a gestão Ramalho é reprovada. É a primeira vez que a Educação não tem a maior fatia do bolo orçamentário.
No entanto, o valor permanece alto já que a lei obriga que os governos apliquem 25% da arrecadação de imposto na área escolar. Em junho, o orçamento previsto para 2012 para a área educacional era de R$ 77,1 milhões. Na versão final, R$ 81,8 milhões serão gastos na construção de prédios, salário com professores e compra de material pedagógico e de consumo. Juntas, saúde e educação terão R$ 164,6 milhões. O que representa 58% de todo o orçamento municipal que prevê os gastos com aposentadoria, pensões e com o Legislativo.
As despesas com a previdência municipal devem alcançar R$ 13,1 milhões e a Câmara terá uma injeção de R$ 8,1 milhões para concluir o novo prédio. Para concluir a obra, os vereadores economizaram R$ 2,9 milhões neste ano. Secretaria de Obras terá R$ 30,7 milhões O restante do orçamento é destinado ao pagamento dos servidores públicos e demais secretarias. O governo possui cerca de 10% na aplicação em obras e projetos que não envolvem o setor educacional e da saúde.
Histórico
Em 2005, no primeiro ano da gestão Ramalho, a receita era de R$ 86,6 milhões. Se mantiver o crescimento, a elevação deve alcançar 245%. Como a inflação do período atingiu 45%, o aumento real atingiu 200%, dentro da gestão Ramalho nos dois mandatos de governo.