Everton Dias – Os moradores do Conjunto Habitacional Gramados I vivem uma situação inusitada. Após receberem a tão sonhada casa no final do ano passado, eles lutam agora para que a prefeitura dê nomes às ruas do bairro. A falta de CEP e denominação nas vias impede que as correspondências cheguem às residências. A moradora Dilma de Fátima Camargo afirmou que, desde que chegou ao local, em outubro do ano passado, nunca recebeu uma única correspondência. “Eu tentei me informar sobre isso quando cheguei aqui. Mas ninguém me esclareceu nada. Nunca vi um carteiro por aqui”, afirma.
O autônomo Clóvis Pires conta que apenas as contas de água e luz chegam em sua residência. “Se alguém me mandou alguma correspondência eu não estou sabendo”, diz o morador. Para a sua mulher, a dona de casa Lucinéia de Oliveira, o problema foi maior. Ela perdeu um emprego justamente por sua residência não possuir CEP. “Eu consegui um emprego como revendedora de produtos de beleza, mas como os produtos seriam enviados por correio, não pude aceitar o emprego”, afirma.
De acordo com os Correios, o Sistema de Distritamento nos bairros Gramados I e II está sendo finalizado e, após a finalização dos estudos técnicos e recebimento dos recursos (materiais e humanos), os Correios irão implantar o serviço de distribuição nos bairros. Até que a distribuição domiciliária seja implantada, as correspondências ficam à disposição para retirada no Centro de Distribuição Domiciliária de Itapetininga, na Rua Coronel Pedro Dias Batista, nº 1675, no centro da cidade, de segunda a sexta, das 10h às 12h e das 14h às 17h.
Prefeitura
A responsabilidade pela identificação das ruas é da prefeitura. Consultada, a prefeitura não soube responder quando o problema será resolvido.
Mais de 20 mil pessoas vivem na linha da pobreza
Em Itapetininga, 20.814 pessoas vivem na linha da pobreza, ou seja, aquelas cuja renda per capita mensal familiar não ultrapassa o valor de R$ 706, metade de um salário mínimo,...