-Se alguém perguntar para um autentico folião daqui com cinqüenta, sessenta ou setenta anos de idade como era o carnaval aqui nas décadas de 1950, 1960 e 1970, por exemplo, certamente ouvirá que, naquele tempo, é que havia carnaval. E, realmente, não é nenhum saudosismo aí.
O carnaval itapetiningano, assim como o da região sudoeste paulista, mudou muito. E cada ano que passa vai perdendo as suas características. Para a chamada “velha guarda”, o carnaval daqui ficou muito estranho, estranho demais. Onde estão os confetes e as serpentinas?
Naquelas décadas, o Largo dos Amores ficava repleto de gente, multidões fantasiadas que cantavam samba e marchinhas ao som de instrumentos próprios, sem artificialismo de aparelhos eletrônicos. Naquele tempo, cada bloco de carnaval cantava o que quisesse. O Largos dos Amores era o local da grande concentração de foliões. Quem não desfilava, pulava por lá mesmo.
Os desfiles eram uma atração a parte. Eram oficiais e muito bem conduzidos pelos responsáveis. Começava nas ruas Virgilio de Rezende (na altura do antigo Zocar) e seguia até a avenida Peixoto Gomide, entrava na Campos Salles (onde era enorme o número de espectadores), subia a Júlio Prestes e terminava na Quintino Bocaiúva.
Em suma, havia carnaval em todos os cantos da cidade (não como hoje fica restrito as Avenida Peixoto Gomide e Virgilio de Rezende). Alguns blocos, como o luxuoso Babo Grosso e o Frutos dos Systemas eram aplaudidíssimos com temas sempre contrários a ditadura militar da época.
Nos clubes Venâncio Ayres, Recreativo, Treze de Maio e no Ginásio Mário Carlos Martins, a festa pegava fogo. Os mais velhos sentem saudades daqueles carnavais. E de Itapetininga. (Por Ivan Barsanti)
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