-Orestes Carossi Filho – O abuso do poder econômico nas eleições já ocorre no país. No entanto, a contratação de pessoal no dia da votação pode gerar irregularidade. Um cabo eleitoral de Itapetininga – que prefere não se identificar – afirma que trabalhou nas eleições de 2008. Ele explicou para a reportagem que recebeu R$ 50 no dia da votação. “Não havia nenhuma atividade (política).”
Na contratação, os coordenadores de campanha anotam o número do registro eleitoral, a zona eleitoral e a seção. Ele recebe o dinheiro no final do dia. Alguns pagam após as eleições, após a abertura das urnas e saber quem foi os eleitos. Outros candidatos preferem pagar metade antes e a outra metade após o resultado das eleições.
Segundo informações do ex-cabo eleitoral, pediram para que ele arregimentasse mais pessoas no dia da votação. A coordenadora coletou os dados de cada um. “Pagam para votar nele (no político)”, explica. De qualquer forma é uma compra indireta de votos, aponta o ex-cabo eleitoral. “O político sabe qual é escola que a gente vai votar”, conclui.
Mais de 20 mil pessoas vivem na linha da pobreza
Em Itapetininga, 20.814 pessoas vivem na linha da pobreza, ou seja, aquelas cuja renda per capita mensal familiar não ultrapassa o valor de R$ 706, metade de um salário mínimo,...