-Olga Pellegrini – Escrevo nestes dias de carnaval.
A triste constatação é que as “marchinhas”, como eram chamadas as marchas carnavalescas, já não são mais cantadas e parece não ter mais importância pra os foliões atuais. Salvo “mamãe eu quero” e “jardineira”, os Pierrôs, as Colombinas, os Arlequins, os piratas, os confetes e serpentinas foram esquecidos.
Mas gosto de pensar que elas não morreram, apenas “ficaram encostadas” em algum lugar do tempo. Pra mim, elas já pertencem à antologia do nosso cancioneiro e não são nem mais consideradas “marchinhas de carnaval”. Elas são como os filmes mudos e os em preto e branco. São relíquias que só interessam aos que realmente sabem cultuar a arte e às pessoas sensíveis ao belo.
Acho bom que as marchinhas não sejam cantadas ou executadas por pessoas que não se importem em pular, tocar ou cantar ao som de mímicas sertanejas, forrós, lambadas… Mas acho bom, sim, que elas sejam mencionadas por colecionadores de raridades, dignas de um acervo a ser expostas à visitação pública, com guias especializados, contadores de história de cada uma, seu autor, seu intérprete, sua época e, finalmente, o orgulho de colocar na vitrola, pra tocar, a marchinha com todo o seu esplendor e o chiado da agulha.
Não façam tocar mais as marchinhas de antigamente. Deixem-nas repousando num relicário digno delas. E só as despertem quando sentirem saudade, que é a emoção que mais combina com elas.
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