-Orestes Carossi Filho – Quem utiliza cheque especial paga um preço caro. A taxa varia entre 151% e 223,6% de juros no ano. Os dados da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) apontam que o maior valor cobrado é feito pelo banco Santander que tem taxas mensais de 10,3%, mas que totaliza ao ano 223,6%. A Caixa Econômica Federal (CEF) também possui a menor taxa de juro: 8% ao mês, mas que totaliza 151% ao ano.
Para fugir do cheque especial, o economista Wagner Souza aponta que é necessário planejamento familiar. Os gastos com financiamento devem ficar limitados a 30% da renda familiar. Como o consumidor não pesquisa, acaba por pagar juros abusivos, já que há um leque de ofertas de crédito no mercado. “O juro do cheque especial é alto, porque não exige nenhuma comprovação de renda. Em contrapartida, as taxas são altas”, completa.
Outra medida é optar pelo crédito pessoal que possui taxa mais civilaizada. A Caixa Econômica Federal cobra os menores juros para pessoa física, com taxa de 2,4% ao mês que alcança durante o ano 33,2%. O Banco do Brasil ocupa a segunda posição no crédito pessoal com juros de 2,4%, que em12 meses representam 34,2%. A maior taxa é cobrada pelo Bradesco, segundo ainda a Fiesp, que impõe valor de 4,7% ao mês que acumula no ano 72,7%.
Na aquisição de veículos a menor taxa é do HSBC com taxa de 1,5%, que no ano soma 19,7%. O Banco do Brasil e Santander ocupam a segunda posição, com taxa de 1,6% ao mês e que no ano soma 21,6%. A maior taxa é do Itaú, com 1,9% mensais, em 12 meses somam 24,8%. A Fiesp aponta que os juros são um dos entraves para o desenvolvimento do país.
Para reduzir os juros, a Fiesp propõe redução do compulsório (dinheiro que o Banco Central recolhe dos bancos). Com isso teria mais dinheiro para empréstimos aos clientes. Redução da tributação da intermediação financeira. A aprovação do cadastro positivo que permite reduzir os juros para clientes que tem histórico positivo junto aos órgãos como Serasa e SCPC e redução da taxa Selic.
O economista Vagner Souza explica que os juros cobrados pelas instituições financeiras aumentam diante do risco de calote. Além disso, os bancos incluem o lucro que esperam conseguir. O resultado é que, para o consumidor, os juros anuais chegam a 223% no cheque especial. Ou seja, 23 vezes maior do que a taxa Selic que hoje é de 10,5%, que remunera os títulos públicos e serve de baliza para as instituições financeiras.
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