Cada itapetiningano gasta em média, por dia, 214 litros de água. O número merece atenção, diz o engenheiro ambiental, Vinícius Válio, no Dia Mundial da Água, lembrado nesta quinta-feira, dia 22. O engenheiro sustenta os dados com informações da Sabesp que informa que a quantidade de água captada para abastecer os 55 mil imóveis, entre residências, comércios e indústrias é de 360 litros por segundo. “Em momentos de pico, há um aumento de 80%”, afirma.
O engenheiro explica que os moradores da cidade gastam 21,6 mil litros por minuto. Por hora, alcança quase 1,3 milhão de litros e, por dia, 31,1 milhões de litros. Se dividir esse último número pela população de Itapetininga estimada em 145 mil habitantes, chega-se aos 214 litros, em média, que cada morador da cidade consome.
No entanto, ele aponta que no futuro Itapetininga poderá enfrentar problema de escassez de água. Oficialmente, a vazão do rio Itapetininga é de 11 mil litros por segundo. Só que há um limite de 20% que pode ser captado para abastecimento público. Portanto, são 2,2 mil litros por segundo que podem ser destinado ao consumo, sem causar dano ao rio.
No prazo de 30 anos, a cidade deve superar 300 mil habitantes. Com isso, o rio Itapetininga, a principal manancial do município, deverá fornecer mais água. Serão necessários 62,2 milhões de litros por dia. Por hora, 2,6 milhões de litros serão precisos para atender os moradores. Por minuto, serão necessários 43,2 mil litros. O rio Itapetininga terá que fornecer 720 litros por segundo. Em momentos de pico, em que o consumo sobe 80%, subirá para 1,2 mil litros por segundo.
“Se houver uma seca prolongada, a vazão irá diminuir e pode comprometer no futuro o abastecimento de água para os moradores”, adverte o engenheiro ambiental. “Se, por exemplo, a vazão diminuir para 5 mil litros por segundo, os 20% não serão respeitados”, explica.
Valio lembra que em meados do século XIX a cidade do Rio de Janeiro já enfrentava problemas sérios de escassez de água e as matas no local onde hoje é a Floresta da Tijuca tinham sido derrubadas quase por completo. Para garantir o abastecimento de água presente e futuro D. Pedro II ordenou em 1861 que fossem plantadas mudas nativas naquele local, onde durante 13 anos, um total de aproximadamente 100 mil mudas. Passados mais de 150 anos, a “receita” continua.
“É inadiável o investimento na recuperação ambiental das matas ciliares e das áreas no entorno das nascentes, ambas consideradas de Área de Preservação Permanente (APP), para manter a quantidade e qualidade da água das nascentes, proteger os rios do assoreamento e da contaminação por agroquímicos.”
Novo Hospital Regional terá especialização em oncologia
A Prefeitura de Itapetininga anunciou nesta segunda-feira, dia 29 o local onde será construído o novo Hospital Regional Estadual de Itapetininga, no Vale San Fernando, uma obra que promete beneficiar...