-O Conselho de Defesa do Meio Ambiente (Condema) ainda espera que o futuro contrato da Sabesp destine 4% do faturamento para a preservação dos mananciais. “O prefeito ainda não assinou o contrato de concessão. Ele não irá colocar esta cláusula se não quiser”, explicou o presidente do Condema, engenheiro florestal Décio Lobo. “O contrato pode prever o repasse”, acrescentou.
No acordo firmado entre a prefeitura e Câmara, foi fixado que o repasse seria de 0,5% da receita líquida. O percentual, conforme o presidente da entidade, é inferior ao da cidade de São Paulo que ficou em 7,5% e também mais baixo que Botucatu, 4%. “Nós propomos 4% para Itapetininga.”
Para Lobo, o investimento que a Sabesp irá fazer no manancial tem que ser determinado em contrato. Cabe a prefeitura, que é o poder concedente, estabelecer as regras, explicou o diretor do Condema. “É razoável que seja feito o reflorestamento ao longo do contrato de 30 anos.”
Em sua avaliação, 4% do faturamento seria um repasse em torno de R$ 100 mil por mês. O dinheiro seria empregado no isolamento das áreas de mananciais, na instalação de cerca para proteger os corpos d’água e também de matas ciliares. “No longo prazo, a Sabesp também ganha. Não terá problemas de suprir a cidade e o gasto para tratamento químico da água também é reduzido”, disse o engenheiro floresta.
Algumas medidas práticas poderiam constar no contrato, segundo Lobo. O plantio de um milhão de árvores, 100 km de cercas para proteger mananciais e alternativas de captação de água em caso de ocorrer problemas no sistema principal, são algumas das opções apresentadas pelo presidente da entidade.
Mais de 20 mil pessoas vivem na linha da pobreza
Em Itapetininga, 20.814 pessoas vivem na linha da pobreza, ou seja, aquelas cuja renda per capita mensal familiar não ultrapassa o valor de R$ 706, metade de um salário mínimo,...