Marco Antonio – Os bairros Espigão e Retiro concentram a cultura de figo em Itapetininga. O início do plantio no município é o resultado de uma parceria entre produtores e a Casa da Agricultura Municipalizada, ligada à Secretaria do Meio Rural. De fácil manejo e custo baixo, o figo apresenta-se como opção para quem quer diversificar a produção.
“O figo apresenta alta produção por área e a colheita é de dezembro a junho, o que possibilita ao produtor aproveitar a entressafra do produto na Europa e Turquia, e vender para o mercado externo”, avalia Luiz Leitão. De acordo com esta fonte, com um investimento de pouco mais de R$ 8 mil, para o cultivo de 1000 pés da planta, o produtor pode ganhar até R$ 16,9 mil a partir do quinto ano de produção. Há ainda a possibilidade de integração com outras atividades agrícolas, como a pecuária. “A outra vantagem é que a área não precisa ser grande”, disse Leitão.
A vinda do figo no Sudoeste Paulista, especialmente em Itapetininga e municípios próximos, é o primeiro passo para a diversificação da fruticultura regional. “A região de Valinhos, Campinas e Jundiaí, onde o Figo foi introduzido no começo do século passado, por imigrantes italianos, passou por um grande processo de desenvolvimento e crescimento urbano e a cultura cedeu espaço para empreendimentos imobiliários”, afirmou o agrônomo Luiz Carlos de Carvalho Leitão, da Casa da Agricultura.
Segundo ele, os técnicos perceberam nesta situação a oportunidade de trazer esta cultura para Itapetininga, tendo em vista o conhecimento que produtores de frutas locais já possuem. “Foi um esforço nosso e dos produtores”, comentou Leitão.
O agrônomo lembra que o produtor Carmelo Percichito, de tradicional família de agricultores de Valinhos, procurou os técnicos para oferecer parceria: ele forneceria as mudas, desde que a Casa da Agricultura realizasse um trabalho de fomento da cultura no município.
Junto com o produtor Pedro Baba (Alambari), Percichito desenvolveu um novo modelo de poda, que proporciona um aumento na produção de frutas. Além disso, estudos mostraram a viabilidade econômica da atividade, que também possui baixo risco para o produtor.
“A cultura já pode ser explorada em caráter comercial”, comentou o agrônomo Nelson Meira. Segundo ele, a fruta conta atualmente com aproximadamente três mil pés plantados na Região. Outra vantagem apontada pelos técnicos é o sistema de irrigação usado para levar nutrientes à planta.
Novo Hospital Regional terá especialização em oncologia
A Prefeitura de Itapetininga anunciou nesta segunda-feira, dia 29 o local onde será construído o novo Hospital Regional Estadual de Itapetininga, no Vale San Fernando, uma obra que promete beneficiar...