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Aline Nunes – O público foi fisgado pelo fenômeno das produções em 3D. “O 3D está levando mais gente para o cinema”, diz Wolff Rapchan. Em números, os títulos tridimensionais corroboraram, no primeiro trimestre deste ano, com o crescimento de 35% de frequentadores nas salas de cinema. Segundo Bettina Boklis, diretora de marketing da Rede Cinemark, esse mercado só tende a aumentar. Tanto que o Cinemark tem planos de expandir suas salas 3D. Prepare os óculos!
Segundo Wolff Rapchan, proprietário da Cinecom Brasil, que comercializa cerca de 500 salas no País, dificilmente os complexos vão atender a essa demanda de filmes em terceira dimensão, num intervalo de tempo razoável. “Adaptar uma sala para 3D é muito caro e os projetores para transmissão tridimensional demoram oito meses para serem entregues”, diz Wolff. Tornar uma sala comum capaz de exibir em 3D custa cerca de R$ 500 mil. Esse alto investimento vale a pena.
Em dezembro do ano passado, o diretor canadense James Cameron, responsável até então pela maior bilheteria da história do cinema – “Titanic”, com faturamento de 1,843 bilhão de dólares -, elevou os filmes em terceira dimensão a um patamar inimaginável. O seu “Avatar” teve repercussão estrondosa. Os números são impressionantes: o longa de ficção arrecadou 1,85 bilhão de dólares em todo o mundo e recebeu quatro indicações ao Oscar, incluindo a de melhor filme – levou três estatuetas. Na crista da onda, o diretor Tim Burton viajou ao fantástico mundo da menina loira Alice, imortalizada nos livros do inglês Lewis Carroll (1832 -1898), e levou a personagem e seu escudeiro chapeleiro maluco (Johnny Depp) para a terceira dimensão. Outra vez, a aposta foi certeira. Desde a estreia, em 23 de março, “Alice no País das Maravilhas” rendeu à distribuidora Disney mais de 1 bilhões de dólares. E a onda do 3D fica cada vez mais forte. Hoje, por exemplo, há quatro longas em terceira dimensão em cartaz no País. Entre eles, “Fúria de Titãs” e “Toy Story 3”. Até o final do ano que vem, o público pode esperar por outras 20 produções que irão exigir o uso dos óculos especiais. A quarta produção da animação “Shrek”, com estreia prevista para julho, é a próxima da lista. Para atender ao mercado tridimensional, os grupos nacionais de cinema terão de se adaptar à nova realidade. Em todo o Brasil, há apenas 140 salas em condições de exibir filmes em 3D, o que representa menos de 5% das 3 mil salas de cinema do País. Há, ainda, outro problema. As datas de lançamento das produções são quase que simultâneas. “Toy Story 3”, por exemplo, chegou às telonas na sexta-feira passada. Para a preocupação da distribuidora Disney/Buena Vista, no dia 9 de julho (três semanas depois), entra em cartaz a quarta produção de “Shrek”. Em dezembro, a coisa tende a ficar pior. Toda sexta-feira do mês, haverá um novo longa 3D sendo lançado, entre eles, “As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada”.
Alguns dos futuros lançamentos em 3D
Título: “As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada’
Estreia: 10/12/2010
Título: “Meu Malvado Favorito”
Sinopse: Groo é um homem desprezível que planeja roubar a Lua. O único obstáculo no seu caminho é um trio de órfãs que estão sob seus cuidados.
Estreia: 6/8/2010
Título: “A Lenda dos Guardiões”
Sinopse: A coruja Soren, fascinada por história, foge de um orfanato para conhecer a ilha de Ga’Hoole, que em livros descobriu ser povoada por um bando de guerreiros.
Estreia: 8/10/2010
Título: “Garfield Pet Force 3D”
Estreia: 22/10/2010
Título: “Kung Fu Panda 2”
Estreia: 17/6/2011
Título: “The Smurfs”
Estreia: 5/8/2011
Título: “Happy Feet 2”
Estreia: 25/11/2011
Título: “Como Cães e Gatos 2”
Estreia: 3/9/2010
Título: “Guilliver’s Travels”
Estreia: 24/12/2010
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