O comerciante Marcelo Leonel, de 35 anos, viveu um dia de fúria no final da tarde de segunda-feira, 5. Aflito por não conseguir pagar dívidas, ele ingeriu veneno e ainda tomou a arma de um policial civil, disparando contra o próprio abdômen. Ele foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional e o estado era estável, segundo policiais que acompanham o caso. “Ele chegou a perguntar para o médico se não estava morto e lamentou ao ouvir que estava vivo”, disse um policial. O tiro não atingiu nenhum órgão vital.
Segundo o delegado Marcus Tadeu Quarentei Cardoso, Leonel teria estado na manhã de segunda-feira na igreja de Nossa Senhora Aparecida, onde teria se confessado.
“Na saída, uma mulher que fazia a limpeza viu quando ele colocou algo na boca e perguntou o que era. O Marcelo respondeu que era veneno para rato”, contou o delegado. Segundo a autoridade policial, como o produto não fez efeito imediato, Leonel foi até o primeiro distrito policial, na Vila Maria, com o pretexto de conversar com um policial civil, com o qual fez faculdade.
“Ele procurou o investigador, dizendo que queria prestar concurso para a polícia e perguntou se tinha algum material para estudo”, contou Marcus Tadeu. Ainda conforme esta fonte, após conversarem durante algum, o policial se abaixou para desligar o computador para ir embora, pois já era quase 18 horas.
Neste momento, Leonel tomou a arma do policial e avisou que iria se matar. “O investigador chegou a pensar que era brincadeira, mas percebeu que o rapaz falava sério e se atracou com ele, tentando desarma-lo, mas o Marcelo resistiu e ainda disse que iria matar o policial e depois se mataria”, contou o delegado.
Marcus Tadeu informou que Leonel saiu correndo do distrito com a arma em punho, com o investigador e outras pessoas correndo atrás. Ele parou em uma praça próxima. Logo, o lugar ficou cercado por policiais civis e militares, que tentaram fazer com que o rapaz desistisse.
Negociação
Durante cerca de duas horas, os policiais negociaram com Leonel. “Até o médico dele foi chamado, mas não adiantou”, disse o delegado. Segundo ele, familiares de Leonel tentaram conversar com ele, mas em vão. “Houve um momento em que ele parecia que iria se entregar, então de repente encostou a arma na barriga e atirou”, declarou Marcus Tadeu. Segundo ele, foi sorte o projétil, de calibre .40, não ter atingido nenhum órgão vital. O delegado disse também que o investigador que teve a arma arrancada por Marcelo está “profundamente” abatido com o caso. A Polícia Civil abrirá sindicância para apurar os fatos.
Novo Hospital Regional terá especialização em oncologia
A Prefeitura de Itapetininga anunciou nesta segunda-feira, dia 29 o local onde será construído o novo Hospital Regional Estadual de Itapetininga, no Vale San Fernando, uma obra que promete beneficiar...