Itapetininga, cidade pólo com 140 mil habitantes e cerca de 40 mil veículos, não possui nenhum bafômetro para verificar o teor alcoólico dos condutores. Na região, segundo a reportagem do Correio de Itapetininga apurou, somente Itapeva tem um aparelho. A previsão da Polícia Militar Rodoviária é receber, em breve, um etilômetro. A diferença entre os dois equipamentos é que o bafômetro verifica, além da bebida, se o motorista ingeriu drogas. O etilômetro somente o consumo de bebida alcoólica.
A partir de 20 junho passou a ser considerado crime o motorista flagrado com 2 decigramas de álcool por litro no organismo. A multa será considerada gravíssima, suspensão da carteira de habilitação por um ano e multa de R$ 955. Atualmente, é penalizado quem estiver acima de duas latas de cerveja, ou 6 decigramas de álcool por litro.
Com mudança na MP, o homicídio praticado por motorista deixa de ser culposo e passa a ser doloso (com intenção). Atualmente, os acidentes ocorridos em que o motorista está embriagado, a Justiça considera um agravante, tanto para homicídio como para lesão corporal. Agora, o novo texto da lei define como crime.
A tolerância zero para a bebida leva, por exemplo, a afirmar que dois bombons com recheio de licor são suficientes para o motorista levar uma multa de R$ 955, sete pontos na carteira de habilitação, retenção do veículo e suspensão do direito de dirigir por um ano, de acordo com a nova lei que regulamenta os níveis de tolerância de álcool.
Atualmente, a pena para homicídio culposo na direção é de dois a quatro anos de prisão, além de suspensão da licença ou proibição para dirigir. Se for sob o efeito do álcool, o agravante prevê a pena aumentada de um terço à metade.
Para o comerciante Sandro Lara, o excesso não é cometido na estrada, mas na cidade. Ele aponta que a fiscalização, se for rigorosa, levará o motorista a tomar os cuidados necessário e evitar ingerir bebida alcoólica. O caminhoneiro Rogério Nunes, 16 anos de estrada, diz que muitos colegas desobedecem a lei. Muitos motoristas de carro de passeio dirigem de forma imprudente e com a embriaguez favorece os acidentes. “É errado beber. Tem que dirigir zerado.” Ele alerta que a lei tem que ser aplicado a todos. Não somente para os pobres, mas “para os ricos também”.
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