Em apenas um ano, Itapetininga caiu 122 posições no ranking nacional do desenvolvimento humano. A informação integra o estudo da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) divulgado na sexta-feira passada. Em 2005, Itapetininga estava posicionada na 164º lugar e passou para a desagradável 286º posição, em 2006. Em escala estadual, a economia da cidade também desceu a rampa 76 degraus e passou de 116º para 192º no período. O ano de 2006 é o estudo mais recente da instituição. Ainda assim, a cidade está entre os 5% dos municípios mais desenvolvidos do país, de acordo com a pesquisa.
Itapetininga possuía Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) de 0,8154, em 2005. Já em 2006, o IFDM foi para 0,7874. Os municípios com IFDM entre 0 e 0,4 são considerados de baixo estágio de desenvolvimento; entre 0,4 e 0,6, de desenvolvimento regular; entre 0,6 e 0,8, de desenvolvimento moderado; e entre 0,8 e 1,0, de alto desenvolvimento.Quanto mais perto de 1, maior o desenvolvimento da cidade.
O IFDM é formado por três áreas: educação, saúde e geração de emprego. No período, Itapetininga apresentou uma redução de 3,4% no índice geral.. A avaliação negativa é explicada pelos técnicos com a diminuição na geração de emprego (-6,7%) e da área educacional (-4,1%), e somente a área da saúde é que apresentou uma leve melhoria (0,5%).
Entre os três setores estudados pela Firjan, a educação é o melhor setor de Itapetininga (0,8756), saúde obteve nota 0,7932 e a geração de emprego é a pior área (0,7775), conforme dados da Firjan. Por outro lado, a queda no ranking é explicada, segundo os técnicos, pela melhoria de diversos municípios paulistas, mas também de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Bahia.
Região
Os dez primeiros municípios do ranking são: São Caetano do Sul, Rio Preto, Indaiatuba, Araraquara, Jaguariúna, Barueri, Sertãozinho, Marília, Santana do Parnaíba e Louveira. Na região os melhores colocados foram Boituva (16°), Sorocaba (17°). A vizinha Tatuí ficou em 130°, Itapeva (980°), Capão Bonito (1657°) e Angatuba (352°).
Com mais variáveis do que o famoso Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Organização das Nações Unidas (ONU), o IFDM trabalha com mais indicadores sociais e, conseqüentemente, consegue detalhar mais os resultados finais. A diretora de desenvolvimento econômico da Firjan, Luciana de Sá, explica que no IDH é considerado apenas o PIB per capita. “Quando você entra com geração de emprego e salário médio do trabalho formal, tem uma noção maior e mais próxima da realidade”, acredita.
Índice
A defasagem temporal de três anos entre o IFDM e sua divulgação decorre do fato de serem utilizadas apenas estatísticas oficiais. Com efeito, somente em 2009 foi possível reunir concomitantemente dados dos ministérios da Educação, da Saúde e do Trabalho para o ano sob análise. A metodologia pioneira e única do IFDM distingue-se por ter periodicidade anual, recorte municipal e abrangência nacional. Uma das vantagens do IFDM é permitir a orientação de ações públicas e acompanhar seus impactos sobre o desenvolvimento dos municípios.
Para os técnicos da Firjan, o resultado indica uma queda na diferença de desenvolvimento entre os municípios. A maioria das cidades (59,1%) obteve índice entre 0,5 e 0,7, que engloba a última faixa de desenvolvimento regular e o primeiro do moderado, segundo o critério da Firjan. Em 2005, 54,5% estavam nesta faixa, e em 2000, 48,5%.
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