“Os vereadores agora sabem quais são as prioridades do nosso bairro”. A avaliação é do engenheiro florestal Orlando Freire sobre a Câmara Itinerante que visitou, nesta quarta-feira, dia 21, o bairro da Chapadinha. Cerca de 120 pessoas compareceram à quarta edição do evento que já percorreu os bairros da Vila Santana, Bela Vista e Distrito do Rechã. Freire afirmou que a prefeitura não tem dado a atenção devida ao bairro. Ele lembrou que o valor do Imposto Predial Territorial e Urbano (IPTU) do morador da Estância Conceição varia entre R$ 800 a R$ 1 mil por ano.
“Entretanto, não há guias e sarjetas, falta calçamento nas ruas, a limpeza pública é precária”, reclama. Um dos moradores mais antigos da Estância Conceição, Reinaldo Nalesso, explicou que “os moradores não estão pedindo” já que os serviços deveriam ser realizados, pois são cobrados no carnê do IPTU enviado para cada morador. Perguntado se acredita se haverá solução para os problemas apresentados, Nalesso respondeu “que temos que acreditar, somos contribuintes”.
A moradora da Estância Conceição Sueli Nalesso disse que o bairro é simples e que as obras não são realizadas porque avaliam que há poucos eleitores. “Não dá muito voto. É muito pequeno (o bairro). É de elite não precisa de nada. É necessário desmistificar isso. Andem em nosso bairro. Já temos um trauma eleitoral”, reclamou. Sueli diz que há cerca de 150 famílias no bairro.
No Bairro da Chapadinha, um dos mais antigos da cidade, as principais reivindicações são implantação de um acostamento, término da pavimentação das ruas e construção de uma área de lazer. Uma mulher fez um pedido simples: pavimentar o ponto de ônibus em uma altura que facilite o acesso à porta do ônibus. “Isso não é demais?” A coleta de lixo também é um problema apontado para os moradores da Chapadinha, já que é feita, conforme os moradores, somente uma vez por semana.
No Bairro da Vatinga, os moradores pediram a melhoria nas estradas, a reforma da ponto e a recuperação dos poços artesianos. Para os bairros Vila Barth 2 e Labruneti, foram reivindicados a construção da segunda fase da escola Maria Idálio, posto de saúde, iluminação nos viadutos e instalação de um projeto voltado aos adolescentes. Os pedidos serão transformados em requerimentos para o Executivo. Cabe ao governo municipal atender ou negar o pedido. Os vereadores somente têm o papel de pleitear politicamente. (O.C.F.)
Mais de 20 mil pessoas vivem na linha da pobreza
Em Itapetininga, 20.814 pessoas vivem na linha da pobreza, ou seja, aquelas cuja renda per capita mensal familiar não ultrapassa o valor de R$ 706, metade de um salário mínimo,...