Por Vitória Mendes
Começa neste mês a conscientização de prevenção do Câncer Colorretal
A cada hora cinco casos de câncer colorretal são diagnosticados e dois pacientes vêm a óbito, segundo as estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Hábitos comuns como alimentação rica em carne vermelha e sobrepeso, são apenas alguns dos fatores de risco.
Diante disso, a campanha Março Azul-Marinho, aprovada pelo Plenário do Senado, alerta a população, os profissionais de saúde, gestores e tomadores de decisão para a importância do diagnóstico, do tratamento precoce de estimular a prevenção da doença. Já que ainda, de acordo o Inca, esse é um dos três tipos de cânceres que mais atingem os brasileiros.
Também chamado de câncer de intestino, segundo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), o câncer colorretal atinge a parte do intestino grosso chamada cólon, o reto e o canal anal.
Ainda conforme a SBCO, o câncer colorretal pode inicialmente se desenvolver de forma silenciosa, sem apresentar nenhum sintoma. Por isso, a importância de ter um diagnóstico precoce, pois dessa maneira, a doença apresenta maiores chances de cura.
Sintomas
De acordo com o Inca, no estágio inicial da doença, são raras as manifestações de sintomas do câncer colorretal. No entanto, os sinais mais comuns são:
- Sangue nas fezes;
- Mudanças no hábito intestinal (às vezes com alternância entre diarreia e prisão de ventre);
- Alteração na forma das fezes (muito finas e compridas);
- Perda de peso sem causa aparente;
- Sensação de fraqueza e/ou diagnóstico de anemia;
- Dor ou desconforto abdominal;
- Presença de massa abdominal (indicativa de tumor).
Mas é importante lembrar que estes podem ser sintomas de outras doenças. Por isso, é fundamental passar pela avaliação de um médico especializado.
Fatores de risco
Como todos os outros tipos de câncer, sua incidência pode estar relacionada a uma série de condições, que variam de pessoa para pessoa.
O que se pode afirmar é que, de acordo com o Inca, os principias fatores de risco para o câncer colorretal, estão diretamente relacionados a:
- Sedentarismo;
- Obesidade;
- Alto consumo de carne vermelha;
- Histórico familiar de câncer de intestino;
- Consumo de álcool excessivo;
- Tabagismo.
- Histórico pessoal de câncer de intestino, ovário, útero ou mama, relacionado a síndromes familiares (Lynch) e doenças inflamatórias do intestino;
- Idade igual ou acima de 50 anos.
Prevenção
Para prevenir o câncer colorretal, é fundamental evitar todos os fatores de risco. Diante disso, as principais formas de prevenção do câncer colorretal são:
- Evitar o consumo de embutidos e o excesso de carne vermelha;
- Manter uma alimentação saudável;
- Moderar a ingestão de bebidas alcoólicas;
- Praticar exercícios físicos;
- Não fumar.
A estimativa é que cerca de 50 a 75% dos casos de câncer colorretal poderiam ser prevenidos com um estilo de vida saudável.
Diagnóstico
Ainda segundo a SBCO, a colonoscopia é considerada o exame padrão para o rastreamento do câncer colorretal. O procedimento garante que todo o cólon seja examinado. Além deste, há outros exames auxiliares e complementares.
A SBCO também ressalta que, mesmo as pessoas com mais de 50 anos que não apresentem sinais da doença, devem fazer os exames de diagnóstico como forma preventiva, já que a doença não apresenta sinais na sua fase inicial. Ou ainda, no caso das pessoas que já apresentem histórico familiar para esse tipo de câncer, é necessário fazer o rastreamento a partir dos 45 anos ou conforme indicação do médico acompanhante do caso.