O câncer de próstata ainda é a neoplasia sólida mais comum e a segunda maior causa de óbito (oncológico) no sexo masculino. É o câncer mais incidente nos homens (excetuando-se o câncer de pele não melanoma) em todas as regiões do Brasil.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) estimam que, no período 2020-22, ocorram no Brasil 65.840 casos/ano de câncer de próstata, correspondendo a 29,2% dos tumores incidentais no sexo masculino, o que resultará em 15.983 mortes/ano no mesmo período. Nos Estados Unidos, a Sociedade Americana de Câncer estima 268.490 novos casos e 34.500 mortes para o ano de 2022. Estima-se ainda que 1 em cada 8 homens será diagnosticado com câncer de próstata durante sua vida.
Trabalhos científicos mostram que 25% dos portadores de câncer de próstata morrem devido à doença e 20% dos pacientes são diagnosticados em estágios avançados.
Quando os sintomas começam a aparecer, 95% dos casos já estão em fase adiantada. Não é possível evitar a doença, mas é possível diagnosticá-la precocemente e desse modo as chances de cura são maiores de 90%. Os números apresentados justificam a necessidade de um acompanhamento com o Urologista a partir da quarta década de vida.
O INCA e a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) destacam a alta incidência do câncer de próstata e, assim, ressaltam a importância da consulta médica, que tem como objetivo o diagnóstico precoce. Lembramos que nos estágios iniciais a doença não manifesta qualquer sinal ou sintoma, justificando assim uma visita ao consultório do Urologista, que fará uma história clínica detalhada somada ao toque prostático e solicitação dos exames necessários, como o PSA (antígeno prostático específico), que pode sugerir a suspeita de um câncer. A confirmação do diagnóstico faz-se por uma biópsia de próstata.
A recomendação é que homens com mais de 50 anos procurem um Urologista, para uma avaliação individualizada. Homens da raça negra ou com parentes de primeiro grau com câncer de próstata devem começar aos 45 anos. O rastreamento será realizado após ampla discussão de riscos e potenciais benefícios, em uma decisão compartilhada com o paciente.