Foram poucos, pouquíssimos, aqueles que tiveram o privilégio de presenciar, não há muito tempo, cena considerada insólita, tendo como palco a praça onde se localiza a agência do “Correio”, ou “Manoel Cardoso”.
Um cidadão, de idade indefinida, junto com seus inseparáveis colegas, em ligeiro estado absorvido pelos vapores alcoólicos, inopinadamente baixou as semirotas calças de brim e exibe a quem interessar seu traseiro, inteiramente branco.
È possível que aquele pequeno público, não entreviu a grandeza de seu gesto, talvez em protesto de algo que ele não se conformava ou não se conformou…A todos escapou a dimensão ética do seu desespero, diante da sua situação humana. A reação unânime do itapetiningano, quem sabe fosse comparar a sua bunda murcha, pejorativa, com a bunda famosa de Carla Pérez (lembram-se dela?) ou da mulher Melancia, Melão Morango, enfim de frutas em geral, que infelizmente não estavam presentes naquele dia e naquele local.
Itapetininga inteira viveu a cantar em prosa e verso as canções de Carla Pérez e outras do mesmo jaez. Mulheres de glúteos arrebatadores e sensuais. Nádegas de princesas, indiscutíveis e deslumbrantes, como as “bailarinas do Faustão, ou de outros apresentadores da nossa televisão”.
Não é de agora que o itapetiningano se ufana das bundas brasileiras e locais aqui, como em outras plagas, um belo traseiro, celebra-se com unção (como diria o notável Armando Nogueira, em idos passados). Constitui-se um patrimônio nacional e municipal.
E agora, vem esse pobre mortal, habitué de bancos de jardins e de garagens de casas abandonadas e ousa o desplante de expor à execração daquele pequeno público uma bunda de segunda mão, sem importância nenhuma?
Para os bons de memória, lembra-se de Cazuza. Há quase ou mais de 20 anos, o jovem poeta Cazuza, pediu em canto desesperado e até hoje ressoa que o Brasil mostrasse a cara. Era a alma lírica de um povo clamando por mais vergonha.
Ninguém esta querendo ver que você repita agora sua poesia, cruelmente o aceno de Cazuza. O nosso personagem mostra uma bunda mortiça, como quem mostra um coração desconsolado, como acentuou o ex-supervisor, hoje aposentado, da Gessy-Lever, José Pires Germano: Em outros tempos senhorinhas donzelas e senhoras vestiam-se sobriamente e as partes pudendas não se sobressaiam. Existiam, é claro, os vestidos modelo “Godê”, salientando muito pouco a silhueta da mulher. Havia mais discrição e muito respeito.
No entanto, hoje, todos querem admirar a bunda ética, bunda ideológica, bunda cívica. Portanto, é de bunda assim, bunda moral que o Brasil e Itapetininga precisa para se curar de todos os males. E para finalizar, segundo a senhora Regina Aboarrage Anastassíades: “o traseiro que foi exibido nas imediações do Mercadão, próximo ao “Correio” é o traseiro de um brasileiro que nunca é percebido e reparado como cidadão pelos próprios brasileiros”.
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