A Verdade e Martinho Lutero

Carlos, filho do Sr. Clementino e D. Glória está fazendo Teologia. Chegou à conclusão, depois de tentar passar em vários concursos públicos e não ser aprovado. Não é vocacionado, mas acha que com o tempo se adaptará a nova função, caso conclua o curso livre de Teologia. – Fulano deu-se bem, eu que sou mais esperto me darei, dizia ele consigo mesmo, não dando nome aos bois.
Tem muitas dúvidas quanto à Cristologia. Ele me procurou e fez as seguintes perguntas, tomando como base a declaração de Cristo:- “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito…” (S. João 3:16)
Indagou Carlos: – Se Jesus é Deus e Deus é eterno, como Jesus é Filho Unigênito? Jesus teve um princípio? Jesus é um deus menor?Fez várias perguntas, caro leitor, porém a resposta é uma só. Tem que fazer exegese do texto e Cristo é a exegese, isto é, a explicação de toda Bíblia.
– Há teólogos hereges, Carlos, disse eu, respondendo, que ensinam que a filiação unigênita refere-se à criação de Cristo, por isso, dizem eles, que Jesus seria um deus menor. A palavra grega é “monogene” e, analisada à luz do idioma original, quer dizer da mesma espécie, isto é, do mesmo “gene” da mesma natureza. Jesus, em outras palavras, é singular, único, com a mesma natureza de Deus. Jesus é tão divino como o Pai.
– A expressão paulina em Colossenses 1:15 “ primogênito da criação”, tem o mesmo sentido teológico, disse eu. A palavra “protokokos” usada por Paulo e aplicada a Cristo não tem, como afirmam os teólogos ortodoxos, a ideia temporal, do tempo de nascimento, mas é, antes de tudo, um título de honra. O texto ensina que Jesus é antes de todas as coisas. Jesus é o Criador de tudo, portanto, Jesus é Deus.
Depois, Carlos falou que o seu professor de Teologia afirmou que na próxima aula vai falar dos ofícios de Cristo. Ele, rindo, com ar de superioridade, disse: – Eu sei que Jesus foi carpinteiro, como José.
– Não, Carlos, o seu professor quis dizer que Cristo exerce, como nosso Redentor, três ofícios, isto é, funções, tais como: profeta, sacerdote e rei.Como profeta ele nos revela a vontade de Deus para a nossa salvação; como sacerdote ele se ofereceu a si mesmo em sacrifício para satisfazer a justiça divina e nos reconciliar com Deus e, como rei, ele nos sujeita a si mesmo, governando-nos e protegendo-nos, contendo e subjugando todos os seus e os nossos inimigos. Leia o Catecismo de Westminster, pois facilitará o seu entendimento, disse eu para o Carlos. Por fim, ele disse: O senhor falou grandes verdades para mim, embora, disse ele, Lutero, afirmou que a verdade causa rumor em toda parte. O Sr.é corajoso!

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