Criado em 2007 pela ONU e instituído por lei no Brasil em 2018, a data de 02 de abril marca o Dia Mundial e o Dia Nacional de Conscientização sobre o Autismo.
O objetivo da campanha é difundir informações para a população sobre o autismo e assim reduzir a discriminação e o preconceito que cercam as pessoas afetadas pelo transtorno. Os transtornos do espectro autista (TEAs) aparecem na infância e tendem a persistir na adolescência e na idade adulta.
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o TEA é um transtorno de desenvolvimento neurológico, caracterizado pela dificuldade de comunicação ou interação social.
Algumas características como dificuldade de interação social, dificuldade em se comunicar, hipersensibilidade sensorial, desenvolvimento motor atrasado e comportamentos repetitivos ou metódicos podem identificar a presença do TEA.
O autismo funciona em níveis e pode se manifestar de forma leve até uma forma mais severa. Esse diagnóstico detalhado só pode ser dado por um profissional da saúde especializado.
Para falar sobre a data, o Jornal Correio de Itapetininga entrevistou a advogada Adriana De Paula, Especialista em Direito da pessoa com deficiência e Direito inclusivo.
Adriana destaca que uma sociedade mais inclusiva, seria uma sociedade que cumprisse as leis que já existem. ” A sociedade precisa ser acolhedora e sensível às necessidades dos autistas, dando acesso tanto na saúde como na educação. A sociedade precisa ter empatia com as pessoas autistas, respeitando seus limites e reconhecendo suas capacidades”.
Segundo a advogada especialista em inclusão, a importância do abril azul é levar informação para a população, fazer a sociedade debater mais este assunto, para buscar uma sociedade mais inclusiva.
“O mês abril azul é importante para a conscientização dos direitos e inclusão, para que as famílias atípicas que tenha uma pessoa com autismo possam buscar seus direitos. A pessoa com autismo hoje é considerada perante a lei como uma pessoa com deficiência e faz jus a muitos direitos. Muitas vezes elas não conseguem um tratamento indicado para sua criança, elas não conseguem uma inclusão escolar e devem estar buscando ajuda junto a promotoria, junto ao defensor público, ou advogada da sua confiança para que o judiciário, que hoje está muito sensível à causa, possa estar implementando este direito” diz Adriana.
“A pessoa com deficiência tem muitas habilidades e elas têm que ser trabalhadas para termos uma sociedade mais inclusiva” conclui Adriana.