Os servidores docentes e técnico-administrativos do Campus de Itapetininga do IFSP decidiram aderir a paralisação nacional da categoria, por tempo indeterminado. O Campus de Itapetininga teve praticamente adesão total dos funcionários. A direção da unidade decidiu pela suspensão do calendário acadêmico, com o objetivo de organizar a reposição e o retorno às aulas, de forma a reduzir eventuais prejuízos aos alunos e à comunidade acadêmica.
A decisão dos funcionários do Campus de Itapetininga pela paralisação acompanha as greves das Universidades e Institutos Federais em todo o Brasil, a partir do mês de março. No caso dos Institutos Federais, aproximadamente 400 unidades estão em greve ou com paralisação parcial das atividades.
Segundo o movimento nacional da greve, fazem parte da reivindicação o aumento do reajuste salarial dos servidores; a reestruturação das carreiras dos técnico-administrativos e dos docentes; a recomposição orçamentária dos Institutos Federais; a revogação de normas que prejudicam a educação federal, a recomposição do orçamento destinado aos Institutos Federais e o aumento da dotação orçamentária destinada aos auxílios e bolsas dos estudantes.
O movimento acredita que ao menos parte das reivindicações serão atendidas pelo Governo Federal, considerando que desde 2023 foi estabelecida uma negociação com os sindicatos dos servidores federais, resultando em 9% de reajuste salarial aos servidores dos Institutos e Universidades Federais a partir do mês de maio de 2023. Segundo os líderes do movimento, a greve ganhou força em função do reajuste não cobrir as perdas salariais acumuladas entre os anos de 2016 e 2022. Eles também alegam que nesse período (2016 a 2022) não houve diálogo com os sindicatos nem reajuste nos salários, além de cortes orçamentários que, naqueles anos, inviabilizaram as atividades acadêmicas em dezenas de unidades da Rede de Educação Profissional e Tecnológica, constituída por mais de 600 unidades espalhadas pelo país, considerando apenas às vinculadas aos Institutos Federais.
De acordo com o movimento, este ano o Governo Federal não ofereceu reajuste, mas sinalizou com aumento de aproximadamente 50% do valor do auxílio alimentação e creche, além de 4,5% de reajuste salarial previsto para 2025 e mais 4,5% em 2026. O movimento reivindica reajuste salarial ainda em 2024 e também quer a reestruturação da carreira dos técnicos administrativos, setor que recebe os menores salários do serviço público federal e se encontra mais impactado pelas perdas acumuladas dos últimos anos.
Nesta terça-feira (09/04) houve uma reunião com os pais e familiares para esclarecimentos sobre a greve. Na reunião as lideranças do movimento destacaram que o objetivo é que a greve dure o menor tempo possível, para evitar eventuais prejuízos aos estudantes, às famílias e à instituição como um todo.
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