O governo do estado de São Paulo prorrogou o prazo de inscrição de profissionais de bares, restaurantes, espaços de eventos, hotéis e estabelecimentos do setor de lazer para o curso preparatório para aplicação do protocolo Não se Cale. A capacitação é gratuita e obrigatória.
A certificação é exigida por lei e visa preparar os estabelecimentos a identificar e prestar, de forma ativa e adequada, os auxílios previstos no protocolo diante de qualquer pedido de socorro ou suspeita de caso de assédio, violência ou importunação sexual.
As inscrições devem ser feitas individualmente, através de um formulário disponível no site da Univesp.
Somente será considerado como comprovação efetiva da conclusão do treinamento o certificado, emitido pela Univesp.
Segundo o governo do estado, até 29 de janeiro de 2024, quase 25 mil estabelecimentos se inscreveram no projeto, número que representa apenas 1,64% de preenchimento da oferta de vagas, que é de 1,5 milhão. Diante disso, o governo optou pela prorrogação.
Podem participar funcionários de todos os estabelecimentos que se interessarem pela proteção da mulher, ou seja, não apenas funcionários de bares e restaurantes.
Com tempo máximo estimado de 30 horas, o curso é totalmente online, interativo e o aluno pode fazê-lo conforme sua disponibilidade e ritmo.
O Não se Cale foi criado para reforçar as estratégias de proteção das mulheres em estabelecimentos privados e públicos, padronizando formas de acolhimento e suporte do poder público.
Na prática, a mulher que precisar de apoio pode pedir ajuda tanto verbalmente quanto por meio de um gesto utilizado mundialmente para simbolizar essa necessidade.
O sinal é feito com apenas uma mão:
palma aberta para cima;
polegar flexionado ao centro;
dedos fechados em punho.