A Escola Estadual Darcy Vieira, por meio do Grêmio, está promovendo a Campanha do Setembro Amarelo. No Brasil, os dados são alarmantes, são registrados mais de 13 mil suicídios todos os anos. Trata-se de uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.
Com o objetivo de prevenir e reduzir estes números a escola preparou a campanha para este ano. Diversos órgãos e entidades também estão promovendo a mobilização, desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, organiza nacionalmente o Setembro Amarelo. O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante todo o ano.
Kelly Cristina Rodrigues Carriel atua como professor orientador na escola há oitos anos e enxerga na identificação dos jovens com os outros jovens e no ambiente escolar um ambiente para trabalhar a questão. “A escola apoia e dá o direcionamento, mas o fato de o grêmio organizar a campanha faz com que os alunos que estejam com dificuldades de conversar com família encontrem aqui um lugar para serem ouvidos. Eles se identificam porque falam a mesma linguagem. De aluno para aluno o laço de fortalecimento é melhor”.
Integrante do grêmio, a aluna Thatila Raiani dos Santos Serbelo de 16 anos, conta que organizar a campanha para falar sobre os problemas psicológicos é importante porque na visão dela os jovens estão muito fechados. “A quarentena também fez aumentar os casos de depressão e suicídio. Precisamos falar!”, reforçou o recado para os colegas que estiverem nessa situação procurarem ajuda.
Entre as ações previstas para o mês, estão a distribuição de frases pela escola com os dizeres ‘você não está sozinho’, ‘juntos somos mais fortes’, ‘eu te entendo’ etc…Foram disponibilizadas urnas em alguns pontos da unidade para quem quiser depositar um depoimento, desabafo e até mesmo frases de apoio. E ainda palestras e conversas com psicólogos.
A estudante Emily Vitoria Nunes de Lima, de 16 anos, que também faz parte do grêmio alerta que o aprendizado durante a campanha deve ser levado para o ano todo. “É importante para ajudar pessoas, elas podem se sentir seguras para falar”.
Os alunos Helio Geraldo de Oliveira Silva, de 17 anos, falaram sobre o cuidado que é preciso ter com o outro porque não é possível saber o que cada um está vivendo. “Você não sabe como está a vida do outro, as pessoas ficaram trancadas por conta da pandemia e isso acabou desencadeando diversos problemas. Muita gente não demonstra o que está sentido e essa campanha ajuda o outro, mas ajuda a gente também”.