Na noite desta quarta-feira, dia 08, rodovias da região de Itapetininga registraram atos de paralização de caminhoneiros.
De acordo com a Polícia Rodoviária, em Itapetininga houve concentração de aproximadamente 20 caminhões no pátio de um posto de combustíveis na altura do quilômetro 167 da Raposo Tavares. Em Angatuba, também na Raposo Tavares, os caminhoneiros se concentraram no pátio de um posto na altura do quilômetro 213. E em Capão Bonito, na Rodovia Sebastião Ferraz de Camargo Penteado, a SP-250, houve paralisação no quilômetro 228, também em um posto de combustíveis.
Em Itapetininga, a Polícia Rodoviária, precisou controlar a queima de pneus mas esclareceu que em nenhum dos pontos houve bloqueio de pista, o trânsito sege liberado em ambos os sentidos.
Na noite desta quinta-feira, a polícia informou que em Angatuba não há mais registro de caminhoneiros e nos outros dois pontos houve redução no número de motoristas parados nos pátios dos postos.
A PR também informou que o trânsito flui normalmente nos dois sentidos nas rodovias da região.
Estados
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou na tarde desta quinta ter liberado 35 pontos de bloqueio e manifestações nas rodovias do país. Esses pontos incluem bloqueio parcial, bloqueio total e concentrações de manifestantes. Segundo a corporação, 2 mil policiais e cinco aeronaves trabalham para liberar as estradas bloqueadas por caminhoneiros.
Um movimento de caminhoneiros apoiadores do presidente Jair Bolsonaro teve início um dia depois das manifestações pró-governo ocorridas na terça-feira, dia 7. Parados nas estradas, eles pedem o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e a destituição de ministros da Corte, além de intervenção militar.
Agora à tarde, em nota conjunta com o Ministério da Infraestrutura, a PRF informou que, às 17h, eram registrados pontos de concentração em rodovias federais de dez estados, com pontos isolados em outros cinco.
“A Região Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) segue concentrando mais da metade das ocorrências registradas neste início da tarde. Aglomerações ainda seguem nos estados de Rondônia, Mato Grosso do Sul, Bahia, Pará, Mato Grosso, Goiás e Tocantins. Com um único ponto seguem Maranhão, Minas Gerais, Roraima, Piauí e Rio de Janeiro”, conclui a nota.
Na noite de ontem (8), Bolsonaro divulgou áudio pedindo aos seus apoiadores que liberassem as pistas.
“Fala para os caminhoneiros que são nossos aliados que esses bloqueios atrapalham nossa economia. Isso provoca desabastecimento e inflação. Prejudica todo mundo, em especial os mais pobres. Dá um toque para os caras, para liberar, para a gente seguir a normalidade”, disse o presidente.O movimento ocorre um dia depois de manifestações pró-governo em diferentes cidades, nessa terça-feira. Manifestantes pediram o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e a destituição de ministros da corte, além de intervenção militar.
Ainda nesta quarta-feira, O ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que “ninguém fechará” a Corte e que o desprezo a decisões judiciais por parte de chefe de qualquer poder configura crime de responsabilidade.
Fux também declarou que “ofender a honra dos Ministros, incitar a população a propagar discursos de ódio contra a instituição do Supremo Tribunal Federal e incentivar o descumprimento de decisões judiciais são práticas antidemocráticas e ilícitas, que não podemos tolerar em respeito ao juramento constitucional que fizemos ao assumir uma cadeira na Corte”.
Em nota, a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) manifestou “total repúdio” às paralisações. “Trata-se de movimento de natureza política e dissociado até mesmo das bandeiras e reivindicações da própria categoria, tanto que não tem o apoio da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos”, diz a entidade. O texto leva a assinatura do presidente da NTC&Logística, Francisco Pelucio.
A entidade, que congrega cerca de 4 mil empresas de transporte, disse ainda estar preocupada com os efeitos que bloqueio nas rodovias poderão causar, especialmente em relação ao abastecimento dos setores de produção e comércio.