Sabe quando a gente ouve aquela moda de viola e, na mesma hora, é como se fosse transportado para o sítio? Se você é de Itapetininga já deve ter sentido isso. A música caipira raiz conta histórias e faz conexão com as origens de quem nasceu ou viveu a maior parte do tempo por aqui. E é para preservar tradições como esta que nasceu ‘Raízes de Itapetininga’ da jornalista Luciana Campinhos e do cinegrafista Evertton Momberg. O projeto é uma série de quatro documentários que mostram personagens reais que, da forma mais natural possível, contribuem para que a cultura do município do sudoeste paulista se perpetue antes que seja tarde demais.
Os vídeos foram feitos nos lugares onde vivem os quatro entrevistados de Luciana e Everton. O bate-papo com os personagens foi feito do jeito que eles se sentem à vontade, na rotina deles, na casa deles, no terreiro deles. Luciana e Everton visitaram com outros profissionais envolvidos no projeto cada uma das pessoas. Eles quiserem ouvir com detalhes as histórias, a arte e a culinária que serão exibidas nos vídeos de forma tão sensível.
O primeiro vídeo vai contar sobre o sr. Luis, morador do Bairro São Roque. Quando criança aprendeu a trançar cestos de bambu que eram usados pela avó como ninho de galinhas. Já adulto, após se acidentar na lavoura, voltou a tecer os utensílios para manter a renda da casa.
No segundo documentário o artesão Estanagel mostra como é possível usar materiais de descarte para produzir obras de arte – algumas já expostas no exterior, inclusive. Um dos materiais que ele usa nas obras é a ferradura.
O terceiro vídeo traz a maneira rústica de produzir o melado de cana. Pouquíssimas pessoas ainda mantém essa tradição. Luciana e Everton conheceram Dona Hilda, no bairro Espigão, zona rural de Itapetininga. Ela é uma senhora que faz o xarope de cana-de-açúcar de forma artesanal.
Para encerrar a série em alto-astral, Luciana e Evertton conversaram com o sr. Zé Martins. Violeiro nato. Autodidata, apaixonado pela vida caipira e pela moda de viola. Quer mais raiz do que essa?
“Amamos o jeito caipira de viver, as riquezas presentes nas atividades simples do campo e as tradições do povo do interior. Quisemos compartilhar com cada um dos itapetininganos nossa admiração e gratidão pela terra que nos acolheu com tanto carinho”, falam com alegria Luciana e Everton.
O projeto foi desenvolvido com incentivo do Fundo Municipal de Cultura/ Lei Aldir Blanc e está disponível para visualização no canal do Youtube de Luciana Campinhos (www.youtube.com/lucianacampinhos).
Mais de 20 mil pessoas vivem na linha da pobreza
Em Itapetininga, 20.814 pessoas vivem na linha da pobreza, ou seja, aquelas cuja renda per capita mensal familiar não ultrapassa o valor de R$ 706, metade de um salário mínimo,...