Ivan Vieira de Paula é criador e apresentador do programa “Universo do Bem”, exibido desde 2009, pela TVI. A primeira temporada da atração durou 4 anos e meio. Por motivos profissionais, Ivan ficou ausente por 5 anos, retornando há três anos no comando do programa.
Ivan explica “que ao visitar famílias em vulnerabilidade, estas tinham perdido a esperança devido as mortes, tragédias, situações veiculadas na mídia. Então, resolveu garimpar notícias positivas e adaptava textos que colocassem em evidencia o Bem acontecendo. Mostrando que há um movimento constante do Bem, e isto deve ser natural, só que a gente não valoriza como deveria. Nós ficamos, às vezes, muito impactados pelas notícias tristes, de tragédia, que ganham destaque. Quando não, há destaques de adversidades, dramas ocorridos há um, dez anos. Enfim, entendo que somente estas veiculações criem desesperança e pessimismo, havendo uma descrença. Por isso criamos o programa”, finaliza.
No último sábado, Ivan de Paula participou do “Em Cantos Natalinos”, sua participação e texto foram elogiados. Gentilmente, o autor cedeu o texto apresentado que reproduzimos a seguir.
25 DE DEZEMBRO – Dia em que se comemora o nascimento de Jesus Cristo. Se perguntássemos onde e quando Jesus nasceu, a grande maioria dos cristãos responderia prontamente que ele nasceu há cerca de 2 mil anos, em Belém. Mas, em verdade, que importa o tempo, se existem inúmeras pessoas em cujo seio o Senhor ainda não reina? Muitos corações ainda são semelhantes às hospedarias de Belém, cujas portas estão fechadas, sob alegação de estarem lotadas. O Mestre da humanidade somente teve como berço uma estrebaria pobre, junto aos animais, e a companhia afetuosa dos pais humildes. Ainda hoje, quando o Cristo bate às portas de nossos corações, encontra muitos deles lotados pelos interesses pessoais, pelo egoísmo, pelo orgulho e pelo desejo de conquistas apenas materiais, não sobrando espaço para ele. Então, se perguntarmos, com sinceridade, se o Cristo nasceu em nós, talvez percebêssemos que temos dificultado esse nascimento. Aquele que ainda não sentiu em seu íntimo a influência dele, ignora em verdade, que ele nasceu. Neste período do ano, que dizemos especial para a humanidade, vale a pena que façamos algumas perguntas a nós mesmos e as respondamos intimamente. Jesus nasceu? Onde e quando? Que influência está exercendo em nós o nascimento dele? Que relação existe entre o natal de Jesus e a nossa vida no momento atual? Será que já conseguimos entender e vivenciar a boa nova que ele veio trazer? Pensemos.
Se perguntássemos a Paulo, apóstolo dos gentios, onde e quando Jesus nasceu, talvez ele nos dissesse que foi na estrada de Damasco, quando se viu envolvido na sua divina luz. E que depois de muitas lutas íntimas, pode dizer: já não sou eu quem vive – é o Cristo que vive em mim.
Se fizéssemos a mesma pergunta a Madalena, é possível que ela nos informasse que o Cristo nasceu em Betânia, certa vez em que sua voz cheia de pureza e doçura, despertou-lhe a sensação de uma nova vida, com a qual até então jamais sonhara.
Simão Pedro talvez se pronunciasse dizendo que Jesus nasceu no átrio do paço de Pôncio Pilatos, no momento em que o galo cantou pela 3ª vez, acordando a sua consciência adormecida, preparando-o para uma verdadeira vida.
Dos lábios de João, evangelista, pode ser que ouvíssemos a afirmativa de que Jesus nasceu no dia em que lhe iluminou o entendimento fazendo-o saber que deus é amor.
Para Zaqueu, o publicano, talvez Jesus tenha nascido em Jericó numa esplêndida manhã de sol, quando ele, ansioso por conhecê-lo- subiu numa árvore à beira do caminho por onde o Cristo passava e o Mestre lhe disse que gostaria de fazer-lhe uma visita.
Dimas, o bom ladrão, nos diria que Jesus nasceu no topo do calvário, precisamente quando a cegueira e a maldade humanas supunham equivocadamente aniquilá-lo para sempre. Naquele momento, o Cristo lhe dirigiu um olhar repassado de piedade e ternura, e o fez esquecer todas as misérias deste mundo – nascendo para sempre em sua intimidade.
Tal foi o testemunho do passado, tal é o testemunho do presente, dado por todos os corações que, deixando de ser quais hospedarias de Belém, onde não havia lugar para o nascimento de Jesus, se transformaram, pela humildade, encontrando um novo sentido para sua existência, onde o desejo de ajudar, de ser útil a todos que passarem por suas vidas, desta feita renovada nos valores morais e espirituais. Então será para nós o verdadeiro natal, todos dias de nossa existência. Portanto desejo a todos, um natal com uma mesa farta de carinho, de ternura, de respeito e de amor. Feliz Natal para você e sua família.