A Prefeitura de Itapetininga vai investir R$ 400 mil reais, para adequação da infraestrutura atual nos pontos de paradas e terminais do transporte público do Município. O projeto para abertura de crédito especial foi aprovado na Câmara Municipal. O novo modelo do serviço de transporte público será adotado no município a partir do dia 05 de junho. O Executivo ainda não deu detalhes de como serão linhas, rotas, vendas de passagens. Mas, adiantou que não haverá reajuste na tarifa.
Parte do recurso para adequação da infraestrutura, no valor de R$ 300 mil reais será referente a Emenda Parlamentar do Deputado Vitor Lippi. A outra parte, R$ 100 mil é referente a Emenda Parlamentar do Deputado Capitão Augusto.
Na semana passada, foi publicado no Diário Oficial do Estado a contratação da Botutrans Transporte de Passageiros LTDA, que é de Tatuí, para aluguel dos 22 ônibus, ônibus que farão o transporte coletivo na cidade pelos próximos 180 dias. Pelo aluguel dos veículos a prefeitura vai desembolsar R$ 3,2 milhões.
Além do aluguel dos ônibus e da contratação dos motoristas, o Executivo planejou o fornecimento de combustível pela Prefeitura de Itapetininga nos moldes já adotados pela Administração Municipal para sua frota própria.
Crise
Em março dezenas de pessoas participaram de uma manifestação contra a situação do transporte na cidade. Paralelo ao protesto, um abaixo-assinado cobrando o poder público sobre a situação foi realizado.
Na época, ao Jornal Correio, uma aluna do Instituto Federal e moradora do Rechã contou que a situação já se alastra por meses. “Para e ter uma ideia meu horário de entrada na escola é 7h10 e eu chego 7h50. Saio da casa 5h20 para pegar ônibus, o horário que sai do Rechã é 5h50 se não chegar cedo não consegue nem entrar porque vem lotado, em pé mesmo na rodovia, chega 6h50 no Mercado Municipal, o ônibus para ir pro IFSP só chega às 7h30. A hora da volta é outra luta, às vezes ficamos até 16h para pegar um ônibus, quando tem”.
Não é de hoje que o Jornal Correio acompanha a situação do transporte coletivo em Itapetininga. O serviço chegou a um nível precário. Além do problema de falta de linhas e defasagem de atendimento, esta situação da qualidade dos ônibus agrava ainda mais o problema. Os ônibus têm peças soltas, poltronas quebradas, portas que não fecham/abrem direito.
Em dezembro o representante da atual concessionária do transporte, Viação Nossa Senhora Aparecida, informou que não houve uma previsão de equilíbrio econômico-financeiro na licitação e hoje apenas um décimo de passageiros, previsto no edital, usa o transporte coletivo em Itapetininga. “Estamos no prejuízo, não temos suporte, não temos subsídio. Já pedimos a rescisão do contrato, a Prefeitura não aceitou e agora estamos esperando o contrato acabar no próximo ano”, disse.