A paineira da Virgílio de Rezende está no Centro de uma polêmica em Itapetininga. O risco do corte da árvore centenária tem repercutido na cidade, o dono do imóvel alega que a espécie causa danos à casa, a Defesa Civil interditou parcialmente o local. Nas redes sociais muitas pessoas se manifestaram contra essa possibilidade.
“A Defesa Civil fez uma vistoria diante da solicitação do dono que alegou que a espécie causava danos à casa. Após a vistoria, a Defesa Civil apontou pela necessidade de interdição parcial da casa, levando em conta que provavelmente a raiz da árvore pode causar danos à residência. O processo seguiu para o Comdema para o parecer final”, informou a prefeitura ao Jornal
O engenheiro Décio Hungria Lobo presidente do Conselho Municipal do Meio Ambiente (Comdema) de Itapetininga esclareceu que ainda não há nada definido. “A paineira é quase centenária. Há 30 anos foi publicado um Decreto Municipal e ela foi tombada como de interesse histórico, ecológico e paisagístico. Ele só pode ser revogado pela prefeita. Se a árvore for cortada com o decreto vigente configura crime ambiental”, esclareceu.
O presidente explicou que a casa foi interditada após um laudo de uma engenheira da Defesa Civil. “A paineira está destruindo a casa por conta das raízes. O proprietário tenta vender a casa e ninguém quer comprar com a paineira e a interdição traz um prejuízo econômico para o proprietário. Mas, o Comdema trata dos interesses da comunidade, que nesse caso é de preservar a árvore”.
Lobo ainda relembrou que a casa pertenceu a Maria Prestes, artista plástica, sobrinha de Júlio Prestes, e é neste sentido uma das sugestões do Comdema para a preservação da paineira. “Uma construção que aproveite a árvore, que seja construído no entorno preservando a paineira. Outra possiblidade seria a desapropriação por parte da prefeitura para construção do Museu Maria Prestes, já que ali era o ateliê dela”.
Uma reunião do Conselho está marcada para a próxima segunda-feira, dia 24, a pauta será a paineira da Virgílio de Rezende.
A aposentada Regina Célia Hungria é uma das pessoas que estão procurando o poder público para tentar evitar o corte da árvore. “Ela faz parte da história da cidade. Vamos atrás do Ministério Público, da OAB, de quem for preciso para tentarmos evitar o corte”.
Ao Correio, o dono do imóvel disse que poderá dar mais informações na próxima semana.