Os casos de Dengue em Itapetininga aumentam na mesma medida em que lixões clandestinos se formam. Nesta semana a cidade atingiu a marca preocupante de 448 casos positivos da doença que é transmitida pelo mosquito Aedes Aegypt. A melhor forma de prevenção é evitar criadouros do mosquito. Mas, a irresponsabilidade de algumas pessoas que descartam lixo em qualquer local tem custado caro para moradores próximos a estas áreas. Para se ter uma ideia, em um único cruzamento no bairro Taboãozinho a prefeitura recolheu em 2023 mais de 400 toneladas de lixo, o equivalente a uma tonelada por dia.
O cruzamento em questão fica entre as ruas José Ferreira Menk e Willian Yared e o problema se estende pela extensão das duas vias. Os moradores não sabem mais o que fazer para tentar impedir a situação. “Eu ouço a reclamação das clientes que quase não conseguem passar com o carro”, relata uma moradora que preferiu não se identificar.
Além disso, a preocupação dela e dos vizinhos é com doenças. “Aranha, rato, escorpião, mosquito da dengue…É todo tipo de lixo e a gente fica sem ação e preocupada”, lamenta.
Os materiais descartados vão desde restos de construção, móveis, colchões, podas de árvores, pneus até equipamentos eletrônicos como TVs.
Em nota, a Prefeitura de Itapetininga, por meio da Secretaria de Serviços Públicos, informa que, somente deste local, no decorrer de 2023, foram recolhidas aproximadamente 400 toneladas de materiais descartados de forma incorreta e uma nova retirada já está programada pelas equipes de limpeza pública para os próximos dias.
Além das ações de rotina de limpeza e manutenção em áreas de descarte irregular, em 2023 foram realizados 16 mutirões para recolhimento de materiais inservíveis no município, incluindo as áreas urbana e rural. Ao todo foram retiradas do meio ambiente 838 toneladas de materiais.
Os proprietários de áreas particulares que não realizarem a limpeza de seus espaços são notificados pela Prefeitura e, caso não executem a manutenção, são autuados com multa no valor de mais de R$ 2 mil reais. Pessoas que forem flagradas descartando material em local irregular, podem ser qualificadas juridicamente por crime contra o ambiente, além de pagarem multa.
A população também pode ajudar no combate ao mosquito Aedes Aegypti, ao denunciar áreas com descarte irregular de materiais ou terrenos com lixo. Basta acionar os seguintes contatos para denúncias
Setor de Controle de Vetores – (15) 3273-2567
Ouvidoria SUS – 0800 774-3990
SAC – 156.
Todos os serviços funcionam de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.
A denúncia será apurada pelos setores de fiscalização com multa prevista superior R$ 2 mil.