Nabonido era o rei, mas era tão amigo de seu filho Belsazar, que resolveu elevá-lo ao cargo de co-regente do reino. Belsazar, sem pensar nos súditos que o mantinham no poder, deu um grande banquete a mil dos seus grandes. Bebeu e embriagou-se de vinho na presença dos mil. Na bebedeira, sem pensar nas consequências, apreciando, com biquinho nos lábios, os melhores vinhos da época, mandou trazer os utensílios de ouro e de prata, que Nabucodonozor, o fundador da dinastia, tirara do templo de Jerusalém. Eram obras de arte e caríssimas e só eram usadas pelos levitas no culto ao Senhor dos senhores, Adonai. As moças mais bonitas do reino dançavam, jogando de um lado e do outro os lenços de seda e transparentes vindos da China. No voltear dá dança, as jovens exibiam o corpo bem torneado e, com aqueles olhos oblíquos e maliciosos, convidavam o rei para a dança sensual, onde a lascívia e a licenciosidade exasperavam a carne masculina que sempre foi fraca nesses momentos de devaneios. Como as moças bebiam nos cálices do templo de Adonai! Havia sorrisos maliciosos e risadas obscenas. O harém do rei estava repleto de odaliscas e concubinas. Louvavam os deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra. Eram obras de arte, porém tinham boca, mas não falavam; tinham olhos, mas não viam; tinham ouvidos, mas não ouviam; narizes tinham, mas não cheiravam; tinham mãos, mas não apalpavam; tinham pés, mas não andavam; nem som algum saiam de suas gargantas…
De repente aparecem uns dedos de mão de homem que escreviam, defronte do candeeiro, na parede caiada do palácio. Belsazer viu os dedos que estavam escrevendo, todavia não via a pessoa. O semblante do rei então se mudou, os seus pensamentos se turbaram e gaguejando, pois, houve uma perturbação da fala por causa do seu nervosismo, o monarca passou a tremer e as juntas dos seus lombos se relaxaram e os seus joelhos batiam um no outro. Ordenou, tartamudeando, que chamassem os encantadores e os feiticeiros para que lessem aquelas palavras jamais vistas. Ninguém conseguia ler. A rainha mãe, por causa do que havia acontecido, entrou no salão do banquete e disse ao seu filho: Ó rei, vive eternamente! Não te turbem os teus pensamentos, nem se mude o teu semblante. Há, no teu reino, um homem que tem o espírito dos deuses santos; nos dias de teu pai se achou nele luz e inteligência, e sabedoria como a sabedoria dos deuses; teu pai, o rei Nabucodonozor, sim o teu pai, o rei, o constituiu chefe dos magos, dos encantadores, dos caldeus e dos feiticeiros, porquanto espírito excelente, conhecimento e inteligência de sonhos, declaração de enigmas e solução de casos difíceis se acharam neste Daniel, a quem o rei pusera o nome de de Beltesazar. Chama-se, pois, a Daniel, e ele dará a interpretação. Nabucodonozor era chamado de pai, uma vez que fora ele o fundador da dinastia.
Daniel foi chamado e traduziu as palavras de Adonai: Mene – Contou Deus o teu reino e o acabou. Tequel – Pesado foste na balança e achado em falta. Peres – Dividido foi o teu reino e o acabou. Depois da tradução, Daniel foi vestido de púrpura e os nobres puseram uma cadeia de ouro no pescoço dele e disseram que ele era o terceiro no governo do reino. Naquela mesma noite foi morto o rei Belsazar, rei dos caldeus, e Dario, o rei medo, se apoderou do trono. Belsazar desrespeitou o Criador, bebendo vinho com as suas mulheres e concubinas, nos cálices de ouro do templo de Adonai. Tudo isso aconteceu no ano 539 a.C.
Falecidos da Semana
05 DE DEZEMBRO DE 2024 THERESA DE JESUS PROENÇA DE MOURA DATA/LOCAL DO FALECIMENTO: 05/12/2024 ÀS 20:00 HS EM ITAPETININGA-SP IDADE: 83 ANOS PROFISSÃO: APOSENTADA ESTADO CIVIL: VIÚVA DO SR....