A grande excelência: O Cavalo

As centenas de pessoas que transitam afoitamente pelas vias públicas da cidade, talvez não imaginam que na Rua Venâncio Ayres, atrás da Catedral, residiu por dezenas de anos, Orlando Leonel Ferreria, com seus pais, tradicional família itapetiningana.

Alguns poderão, na certa, recordar-se desta ímpar personalidade. Inteligente, correto, honesto,trabalhador e além de todas as qualidades, ex-vereador , habilidoso e perito em adestrar cães e cavalos. Nas diversas reuniões que participava, como convidado especial, referia-se, com entusiasmo, ao ensino que proporcionava aos cães e cavalos, estes com “maior ênfase”.
Tendo, desde criança, o hábito saudável de cavalgar, com garbo e elegância, pelo centro e vilas locais, Orlando exibia ainda qualidades artísitcas com o animal: determinava que ele cumprimentasse o público, ensejasse alguns passos de danças e procedesse volteios em torno de si mesmo, enfim, vários malabarismos ensaiados e postos em prática.

Como no filme “Cavalo de Guerra”, tratava-se de invencionice de Steven Sppielberg, Orlando também criava atitudes para o cavalo realizar, e isto com pleno êxito e aplausos. Naqueles tempos, já era conhecido o “Silver”. O cavalo prateado do Zorro e seu amigo Tonto, além do cavalo branco de São Jorge, que Napoleão, com sua mania de grandeza, queria roubar, ou ainda o cavalo do Fantasma.

Ao lado do cachorro, o cavalo desempenha um enorme papel de condutor de “boiadas”, cuja força e imponência, o trabalho desenvolvia com inteiro sucesso. Mesmo no papel humilde de puxador de um veículo (como carroça, carroção ou charrete), o cavalo chamava a atenção pela sua obediência tranquila e tal prática hoje é proibida.

Ser dono de um cavalo ou montá-lo, era sinal evidente de espírito de liberdade e, às vezes, poder. Isso era demonstrado por Orlando Leonel, Aparício Ruivo, Luiz Piedade, integrantes da família de Geraldo Alves, Tibes, Nhônho e Dito Daniel, além de outros como Antonio Piedade, cunhado do professor Antonio Antunes Alves, que “paramentado exibia-se nas ruas e deixava o animal postado junto à estátua do Major Fonseca, frente ao Bar Rodovia, no Largo dos Amores. Atualmente cavaleiros, em grande número, excursionam à cidades vizinhas, indo até o Rio Grande do Sul e outras localidades, com grande aparato.

Pelas ruas, em Itapetininga hoje, percorrem indômidos, os militares em seus corceis, atentos, do alto, e prontos para agir, a fim de combater ou previnir possíveis conflitos, roubos e assaltos. É a simpática Polícia Montada, trabalhando desde a sua implantação na cidade durante a administração do prefeito Joaquim Aleixo Machado.

Washington Luiz Ramos, o Tonzinho, quando jovem, possuidor de cavalos de raça, tinha verdadeira adoração pelos animais e, na garagem de sua residência, na Rua Silva Jardim, cuidava deles como verdadeiros filhos. Assim também procedia o professor de Matemática da “Peixoto”, Nicanor Arruda. Ambos eram constantemente vistos passeando a cavalo pelas ruas, com “donaire” e muita amabilidade, às vezes aplaudidos…. Entendiam que o cavalo elevava e dava capacidade a eles, pois costumavam proclamar que “quem comandava um cavalo, saberia comandar pessoas”.

Na região existem muitos Haras, com criação de diversas raças, desde “Quarta-de-milha” até a “Árabe”, destacando-se o de Francisco Adolfo Rosa, irmão do ex-prefeito Fernando Rosa. Há alguns anos ainda funcionou o Centro Cultural Tropeiro Boiadeiro, na Vila Hungria, congregando então as famosas personalidades que se dedicaram ao comércio, compra e venda de equinos e bovinos, além de realizar grandes festividades naquele local apropriado, como recorda Décio Albino, um de seus diretores.

Texto publicado em 2014

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